Capítulo 10

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Eu não trouxe um protetor solar, assim também como meu celular. Meu pai vai me matar. Fecho o zíper do meu macacão de paintball e pego meu capacete. Saio da barraca e me junto com o grupo na beira do rio.

- Agora que todos estão aqui, vou dizer as regras. - Nickollas diz com um sorriso fazendo uma pausa dramática. - Não tem regras. - ele diz todo orgulhoso.

Todos batem palmas, mas ouço um palavreado forte sussurrado vindo do Aaron. Talvez eu devesse ouvir ele e desistir desse joguinho.

- Cada um ficará com uma cor para ver quem matou mais gente. - Nickollas diz.

- Para que isso? Somos apenas sete. Quem ficar por último ganha. - Aaron diz um pouco alarmado e eu estou começando a ficar também.

- Não terá graça sem uma pequena competição meu caro Aaron. Mais dois grupos de campistas se unirá a nós. - Nickollas diz com um sorriso malicioso. - Essa será a sua cor Pétala para combinar com seus cabelos. - ele diz e me entrega um pote e uma faixa vermelho sangue.

"Nada a ver" penso ao pegar e observar a faixa. Para cada um ele dá uma cor diferente. A Bridy com a cor prata, Aaron com a cor verde-piscina, Valquíria com o rosa, Loren com amarelo, Gibson marrom e ele mesmo azul. Nickollas continua explicando a extensão de onde jogaremos enquanto varias pessoas iam se aproximando. Tem quase cinquenta jogadores. Que merda.

- Quem matar mais, ganhará dois ingressos para uma feira gastronômica que acontecerá no último sábado do mês. E quem vencer, é claro for o último, ganha o troféu. - Nickollas aponta para um troféu de paintball original.

- Então a diversão do final de semana acabou, já que o troféu denomina uma competição de verdade. - digo olhando bem para ele.

- É claro meu docinho, a vida não tem graça se não tiver um pouco de competição com uma pitada de rivalidade. - ele diz e pisca para mim. - E por falar em rivalidade. É cada um por si. - diz para todos e com um mover da mão ele dispensa a todos.

Ele avisa antes de adentrar a floresta que em menos de dez minutos o sino tocará para dar início a esta droga de competição na qual eu me meti.

***

Vinte minutos depois, e eu já marquei dez pessoas com a minha arma de paintball. Ainda não vi a Bridy e nem o Aaron. Vejo um cara escondido atrás de uma árvore apontando sua arma na minha direção. Isso era para ser discreto? Reviro os olhos e dou um passo para o lado e atiro.

Paff.

Demorou de mais.

Entro mais na floresta e acerto mais dois. Ouço passos atrás de mim, viro e atiro. Mais dois na minha pauta. Dou uma risada.

- Panquecaaa. - ouço o grito da Bridy e a vejo correndo na minha direção. Atrás dela uma garota vem correndo e atirando. "Mas como ela é ruim" penso, ajeito minha arma de tinta e atiro acertando a garota.

- Você não deveria ficar me gritando desse jeito no meio da floresta. - digo rindo enquanto ela se esconde atrás de mim.

- Não quero mais jogar. É perigoso. A Valquíria quer me matar. - ela choramingar. Reviro meus olhos pelo drama dela.

- Vocês estão bem? - Aaron aparece ofegante e apoia as mãos nos joelhos.

- É claro que estamos. Por que não estaríamos? - Bridy pergunta ainda atrás de mim.

- Eu ouvi você gritar. - ele diz olhando para ela atrás de mim e ergue uma sobrancelha.

- Não foi nada. A Panqueca me ajudou. - ela diz rindo e sai atrás de mim, indo na direção dele.

Inocentemente Treinada (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora