Você é meu anjo

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Daniel era um anjo encarregado da arte. Ele assumiu a forma humana e recebeu a missão de inspirar artistas.

Ele conheceu Cristina quando começou a se cansar de artistas exigentes. Há uma chance de você ficar confuso, especialmente os anjos da arte. Ele confundiu inspiração com amor. Um anjo que amou outro ser que não a divindade.

~♡~

Cristina estava dançando, linda como um anjo, em uma praça no centro. Era aniversário dela e havia uma multidão em volta, apreciando sua arte. Daniel parou para assistir, estava completamente encantado. Suas pernas pararam o forçando a apreciar, como se ele precisasse urgentemente assisti-la. Quase como se ele quisesse, bem no fundo.

Ela usava uma saia rosa claro e uma blusa branca de manga comprida, estava especialmente frio naquele dia. Daniel sempre ficava impressionado com a leveza das bailarinas. Elas dançavam e dançavam como se aquelas sapatilhas de ponta não as incomodassem, mesmo que parecesse muito doloroso para ele. Cris estava praticamente flutuando, enquanto ia de um lado ao outro, dava saltos e giros com uma habilidade impressionante, como se seu talento fosse uma bênção da divindade.

Quando acabou, todos os olhares na redondeza estavam virados para ela, concentrados, aplaudindo. Por mais que estivesse um pouco cansada, o olhar dele sobre ela a inspirou e a fez querer continuar dançando e não parar nunca. Outra música começou e com ela veio os movimentos delicados da bailarina. Ele era o anjo que inspirava artistas, que a inspirava, mas por quê parecia que era ela quem o estava inspirando? Certo que ele a inspirou a continuar dançando, mas ela estava fazendo algo queimar dentro dele.

Daniel, o anjo, acendeu em Cris, a bailarina, a inspiração e o fogo do amor. Mas ela também o fez nele.

Quando terminou definitivamente de dançar, ela fez um reverência para agradecer e quando levantou a cabeça, seus olhos se encontraram e não conseguiram se desgrudar. A multidão que estava assistindo logo se dissipou e ele se aproximou.

— Olá! — cumprimentou-a sorrindo.

— Oi! — respondeu animada.

— Você estava dançando maravilhosamente bem, senhorita...?

— Cristina. Cristina Valência. — sorriu e o estendeu a mão. — E você?

— Daniel.

— Obrigada pelo elogio, Daniel! — fez uma breve reverência de agradecimento.

— Gostaria de me acompanhar para um café?

— Ah, eu...

— Cris! — a fala foi interrompida por uma mulher que parecia ser sua amiga, a julgar pelo apelido a que recorrera para chamar atenção da bailarina.

— Marina!

— Temos que ir...

Marina parecia estar preocupada e dirigia um olhar intenso para Cris, como se quisesse dizer algo com ele. Provavelmente se opondo ao convite.

— Eu encontro você mais tarde. Vou tomar um café com o Daniel, do outro lado da rua — apontou para a direção da cafeteria. — Não é, Daniel?

— Sim, exatamente,

Não haveria mau algum em ir até o outro lado da rua, com um homem bonito, gentil, educado, que emanava uma boa energia e desconhecido.

— Tudo bem, então. Qualquer coisa, me liga e não se atrase para sua festa de aniversário!

— Não vou, prometo.

DanCris Fanfic ChallengeOnde histórias criam vida. Descubra agora