Ligeiramente Apaixonados

208 10 9
                                    

- Olá gente senti uma de Junilo/DanCris e resolvi reavivar o último desafio em que paramos 😢...e escrever  um breve conto Beatriz e Soldado baseado em alguns capítulos do livro Ligeiramente Escandalosos de Mary Balogh 

Lembre-me – disse o Soldado, os olhos apertados contra o brilho do sol se refletindo na água –, de por que não vamos nos casar.

Ela estava sentada de frente para ele no barco, a expressão fechada também por causa do sol. Desde que haviam feito amor pela segunda vez e voltado para o barco, os dois mal haviam se falado.

Beatriz o encarou.

– Não ouse se sentir obrigado a agir como um cavalheiro e me pedir em casamento – retrucou ela, parecendo sinceramente zangada. – O que aconteceu foi culpa minha. Não tinha a intenção de prendê-lo a um casamento.

Sua culpa de novo? – Ele sorriu. – Estou começando a me sentir uma marionete.

Que é exatamente como eu me sinto desde que nos conhecemos. Agora estamos quites.

Então casar comigo seria uma prisão? – Perguntou.

É claro que seria – respondeu Bia com impaciência. – Estamos conscientes disso e sendo cautelosos a esse respeito desde o início.

O soldado já não sabia mais por quê.

Então por que essa tarde aconteceu? – Voltou a perguntar. – Não podemos usar a desculpa de que nos deixamos levar pela paixão, não é mesmo? Tudo foi deliberadamente planejado ontem... por nós dois.

Beatriz demorou um pouco a responder. Seus olhos estavam perdidos no mar.

Sou Beatriz Cristina D'Ávila Moreira Goulart – falou. – Filha e irmã de duques. Embora sempre tenha sido ousada, pouco convencional e até mesmo rebelde, espera-se que eu me comporte com decoro. Os cavalheiros não têm as mesmas restrições ao seu comportamento. Todos os meus irmãos tiveram amantes ou ligações amorosas eventuais. Meu pai por exemplo tem a mesma amante há anos, sem que nenhum escândalo suje o nome dele. Escolhi não me casar. Ao menos não ainda, prezo e ainda não estou disposta a sacrificar minha liberdade. Mas tenho 22 anos e todas as necessidades de uma mulher.

– Então você me usou como uma... ligação amorosa eventual?

– Não seja ridículo – disse ela. – Troque de lugar comigo. Quero remar.

Ele sorriu.

Não estamos em um lago – alertou. – Remar no mar requer muito mais força e habilidade. Além disso, você teria que se levantar, passar por mim e se sentar onde estou. Acredito que o barco vá balançar terrivelmente.

– Se você cair – disse ela –, eu o resgatarei.

Era preciso admirar aquela mulher. Durante todo o caminho até a ilha, ele reparara no terror que ela sentia, apesar de Beatriz não ter demonstrado. Ainda assim, agora ela estava disposta a remar de volta à praia? Quase podia sentir o cheiro do medo por trás do jeito despreocupado dela.

– Isso é reconfortante – comentou ele, prendendo os remos e levantando-se, as mãos apoiadas na borda. O barco balançou. – Farei o mesmo por você, Beatriz, embora pelo que eu me lembre, você nade como um peixe. Eu a venci por pouco em nossa disputa no lago.

Como Beatriz não se moveu imediatamente, ele achou que ela havia mudado de ideia. Mas ela se levantou, sem cambalear, atravessou o barco, sentou no lugar que ele ocupara e pegou os remos. Seu queixo estava erguido, como sempre.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 14, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

DanCris Fanfic ChallengeOnde histórias criam vida. Descubra agora