A maior parte de NÓS

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  O dia amanheceu lindo, o sol brilhava em Rosa Branca assim como os meus olhos após olhar para aquele pauzinho branco no qual tinha feito xixi alguns minutos antes... Eu e Daniel já havíamos nos reencontrado a mais ou menos 5 meses, e nosso amor só crescia mais e mais com o tempo, se é que isso é possível. A ideia de formarmos uma família não precisou nem ser discutida, afinal, o que mais queríamos era poder amar e criar nosso brotinho, o que não nos foi permitido em nossa outra vida. Quando eu olhei aquela segunda linha fininha e bem clarinha, eu já tinha certeza que nosso anjinho estava aqui... dentro de mim.
   3 semanas antes do dia do teste eu vinha tendo mais sono do que jamais experimentei, tive enjoos até com a comida maravilhosa da Dalvinha e nem o Dani conseguia lidar com a minha TPM constante. Já estava claro pra mim e tudo o que eu precisava era um teste de farmácia e de sangue, pois eu não iria contar pro meu amor se não fosse 100% certo.
  Naquele dia as gravações foram suspensas por culpa de uma chuva muito forte que tomou conta de RB. Faltava muito pouco para a finalização do filme, com as cenas que fiz antes de desistir do papel e todas as que fiz depois que o Daniel me trouxe de volta após a mudança no roteiro, estávamos na reta final. Então aproveitei e fui no laboratório fazer o exame.
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  Horas depois
   O resultado veio relativamente rápido e eu já tinha começado a planejar como contar para o Dani que finalmente iríamos ter nosso nenezinho. Não é como se tivéssemos tentando mas, pra quem sabe a nossa história entende que qualquer momento em que nosso anjinho quisesse vir, estaríamos loucos a sua espera.
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  Eu comprei uma caixinha branca e dentro coloquei o teste de farmácia e um lindo sapatinho que a Margot tinha de quando o Pedro era um bebê. Eu estava transbordando felicidade, e o Dani iria chegar no casarão a qualquer momento porque a sessão de fotos do dia era no período da manhã e já era 12:30.    
  Quando o vi na porta principal, fui recebê-lo com um beijo cheio de amor, como de costume, e o levei para o nosso quarto, que nos foi dado pela Margot logo depois que decidimos que moraríamos em Rosa Branca pelos primeiros anos do nosso relacionamento. Ele entrou sem entender nada pois era hora do almoço e a Dalva estava nos chamando mas ficou quieto quando eu lhe disse que tinha uma surpresa.
  "O que foi meu amor? Não me deixa curioso."
  "Dani, eu esperei muito pra viver esse momento com você," meus olhos estavam cheios de lágrimas, como eu já esperava, "e até que enfim nós poderemos desfrutar esse momento juntos e em paz."
  "Você está dizendo que?"
  "Eu não to dizendo nada, eu vou te dar um presente." eu disse entregando a caixinha pra ele.
Sua mão tremia enquanto desfazia o laço e tirava a tampa da caixa, me lembro do sorriso dele, o maior sorriso e o mais bonito olhando pro lindo sapatinho branco e o tirando da caixa.
  "Você está?"
  "Nós estamos!"
  "Esse é o dia mais feliz da minha vida," ele me abraçou forte e suspirou no meu ouvido, logo depois me encheu de beijos e me olhou com aqueles profundos olhos azuis e disse "você me faz o homem mais feliz do mundo todos os dias, todas as vidas, eu te amo além do tempo, minha Cristina."
  "Eu também te amo," disse com as lágrimas rolando pelas minhas bochechas, "além do tempo, meu Daniel."
Rimos, e então descemos para contar a notícia a pessoa mais querida por nós dois.
  "Ai que notícia boa meu Deus. Meu neto, minha amiga e agora meu bisneto, isso é uma benção tão grande." O sorriso da Margot era largo assim como o meu e o de Daniel.
  "Ai Cris será     que é um menino... Ai só de pensar me arrepio toda."
"É cedo pra saber, mas quem sabe." olhei pro meu amor, e naqueles olhos azuis vi a esperança de que nosso primogênito seria a reencarnação do nosso anjo da guarda, André Luiz.
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  Muito tempo depois
  A dor do parto era inesquecível, lembro de todas as contrações e todos os exames  pra ver se estava dilatada. Dani tinha comprado um tecladinho pra tocar enquanto eu estivesse em TP (trabalho de parto) o que ajudava, ainda mais quando ele tocava minha música favorita, A Time for Us.
  Faziam 12 horas que eu estava em trabalho de parto quando finalmente pude empurrar, lembro de quase desmaiar muitas vezes até que vi meu anjinho saindo de mim e vindo para meus braços, meu doce Benjamin, uma homenagem para Bendita ao nosso ver. Dani chorava emocionado ao ver nosso quinto filho conhecer o mundo, a emoção não mudou mesmo depois de 5 filhos.
  Eu estava nervosa para ver André e Leo (os gêmeos e nossos primogênitos), Margot, Lila e Ben se conhecendo. André entrou junto com Lila e logo atrás vieram Leo e Margot de mãos dadas, eu e Dani tínhamos nossos rostos inchados de tanto chorar de alegria. Sabíamos que quatro filhos já eram bastante trabalho, mas nosso amor continuava a crescer e formar lindas e amáveis pessoinhas quais amávamos muito. Foi um primeiro encontro meigo, enquanto eu e Dani olhávamos nossos pequenos anjos se reencontrando e ao mesmo tempo, se conhecendo.
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  Três ano depois
  Era o terceiro aniversário do Benzinho, e era tão engraçado ver as diferentes personalidades de nossos filhos. Os gêmeos já tinham 8 anos, André sempre um amante das histórias que eu e Dani contávamos enquanto ele estava  sentadinho no sofá. Enquanto isso,  Leo gostava mais de sair correndo pela casa e pintar,. Margot, nossa primeira menininha, de 6 anos, amava ler, assim como a bisavó da qual sempre perguntava. Lila tinha 5 anos, era arteira, de opinião forte e muito brigona, me lembrava uma certa eu do passado... e do presente. Ben, nosso pitico, era amante das fotografias, assim como o pai, com três anos, já pegava a câmera e tirava diversas fotos de tudo. A e claro, nosso sexto filho, Simba, um akita branco, nosso crianção de quatro patas que adotamos quando Dedé e Leo fizeram 7 anos e que conseguia ser mais arteiro do que nossos cinco filhos.
  Eu e Daniel nunca havíamos pensado que teríamos tanta sorte com nossos filhos. Lembro nitidamente do nosso medo e euforia quando descobrimos que teríamos gêmeos...
"Parece que vocês serão 4..." Dalton disse no nosso segundo ultrassom.
Daniel com um sorriso enorme no rosto disse "Como assim quatro?"
"Você quer dizer...?"
"Gêmeos. Parabéns."
"Meu amor, vamos ter dois." eu disse chorando de felicidade.
Dani beijou minha testa e minha mão enquanto terminávamos o exame... Não poderíamos estar mais felizes.
  Essas memórias estarão sempre em meu coração, assim como no de Daniel, porque nada é maior ou melhor do que nosso amor se multiplicando e se tornando pessoas que darão e sentirão ainda mais amor com suas próprias trajetórias...
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Escrito por: Izadora (@apegokane no twitter)

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