17 o ataque

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Acordo novamente com um feixe de luz no meu rosto, quando abro meus olhos me viro de costas para a luz vindo da porta, me viro de costas resmungando.

- Para de me encher Samy, eu já falei pra me deixar em paz.

Abraço o travesseiro que usava para descansar a minha cabeça fechando os olhos com um pouco de força, a porta se fecha e sinto uma mão na minha cabeça, era delicada e não cheia de cicatrizes como a do Samy, me viro e vejo Samanta com um leve sorriso.

- Você me assustou Keith...assustou todo mundo- me sento na cama e abraço a morena ao meu lado.

- Não queria te preocupar Sam, minha saúde nunca foi das melhores...- Me deito lentamente ainda abraçando a garota, no final acabo deitado com ela em cima de mim, levo minha mão direita para a cabeça da Samanta a apertando mais um pouco -fiquei preocupado Sam...você saiu sem mim, sem me avisar...- a aperto mais um pouco fechando os olhos.

- Fui buscar comida, e já que o Samy tem toda aquela história com a máfia russa...achei melhor não incentivar ele a sair sem você por perto....

Ouço alguns sons de vidro quebrando e coisas batendo, pego Samanta e a deito na cama a tirando de cima de mim, vou até a porta ignorando a minha dor e vejo Samy ter um ataque, ele vira a mesa de centro da sala, ele se vira e me olha, ele avança em mim e pulo por cima dele, ele cai e leva as mãos até o meu pescoço, me sento no estômago dele com uma perna a cada lado do tronco do loiro o prendendo, por pura sorte consigo tirar as mãos dele do meu pescoço antes de desmaiar por falta de ar e seguro os pulsos dele os forçando contra o chão, me viro para trás e vejo Samanta parada na porta para o quarto, quando Samy vê ela ele começa a se debater com mais força e agressividade, sou obrigado a praticamente deitar em cima do loiro para o deixar preso no chão, não podendo se mecher ele decide morder a coisa mais próxima da boca dele, que pro meu azar é meu ombro.

- SAMANTA, MOCHILA DE COURO, FRASCO LARANJA, CALMANTE, TRAZ!!!

Ele me morde mais forte, sinto meu sangue escorrer pelo meu tórax, ouço Samanta se aproximando e solto uma das mãos do loiro pegando o frasco, empurro Samanta antes de que Samy possa a alcançar, ele para de me morder para poder gritar, mordo a tampa do frasco o abrindo, Samy bate na minha mão e derrubo o frasco de calmantes, pego dois do chão e enfio na garganta dele depois de alguns minutos ele vai acalmando até que apaga completamente, um silêncio assustador paira na sala, me levanto com a mão no ombro, pego o loiro que antes estava no chão e o coloco no sofá, logo precisaríamos partir mas não me sentia a vontade o suficiente para comentar qualquer coisa sobre o assunto, vejo Sam na porta do quarto, meu olhar devia ser o de alguém extremamente miserável e exausto, pois sinto o olhar da morena se suavizar, levo minhas mãos ao rosto querendo esconder meu rosto, minha miséria, querendo me esconder do mundo, por um minuto, nada, não ouço nada, em seguida ouço o som de madeira rangendo, Samanta se aproximando de mim e os braços da rosada me envolvendo em um doce abraço, mas mesmo assim, ainda sinto o gosto amargo da melancolia.

Coração YandereOnde histórias criam vida. Descubra agora