Coração Yandere

22 o Clic

O Clic, ele ecoou pelo estacionamento, paro de andar deixando a garota atrás de mim, esse barulho era familiar demais, mas não conseguia lembrar da onde.

-....Vamos voltar Sam..

- Huh? Porquê?

- Só me obedece.

A garota se vira para voltar ao aeroporto e logo ouço o som de um mega-fone, me viro na direção dele e vejo um homem com a farda da Polícia grega.

- Merda.

Ele começa a falar, pelo que parece o aeroporto de Quebec reconheceu os passaportes falsos e já que corpos de policiais em estado avançado de decomposição foram achados na minha casa ele decidiu chamar a Polícia e não notificar os seguranças.

- δώσε μας το αγόρι κορίτσι !! (Nos entregue a garota rapaz!!)

- Όχι! δεν θέλει να πάει οπουδήποτε! (Não! Ela não quer ir a lugar nenhum!)

Pego a garota no colo para a esconder mas ouço disparos, disparos de uma única arma, os homens do Samy finalmente saem da vã e atiram nos policiais, já que somente uma viatura estava no local, eles abrem o veículo e entro nele com a Samanta, segundos depois Samy aparece com as coisas, eu o ajudo a simplesmente jogar as coisas no caro, ele entra e os homens dele começam a dirigir.

- Droga! Já sabem que estamos aqui! E agora que matamos os policiais vão ficar em cima de mim como abutris...

Coloco as mãos na minha cabeça pensando em algum lugar para esconder a mim e a Samanta, não achei que Atenas ia ser mais difícil do que Canadá.

Enquanto pensava ouço alguns gemidos estranhos vindos da garota, me viro para ela vendo as roupas da mesma sujas de sangue.

- S-Sam? Você está bem?

- N-não...K-Keith...me acertaram.

Meu mundo parou, sentia o chão ceder a baixo dos meus pés enquanto entrava em pânico.

- A-Aonde?

Me aproximo dela para checar os ferimentos, logo sinto, o líquido vermelho e molhado, ele...estava vindo da barriga dela, meu...Meu filho, minha mulher...eu...eles me tiraram minha criança, o sangue estava saindo abundantemente da ferida, olho para a garota que parecia ficar mais pálida a cada segundo que se passava.

Sinto uma mão no meu ombro, olho para trás vendo Samy, ele estava triste, e dizia com melancolia na voz.

- Keith...Não podemos fazer nada por ela.

- C-Como assim nada? Deixem ela em um hospital, eu não ligo de ser preso, não ligo pra sentença de morte, por favor só quero ela bem.

Pego a garota a abraçando, ela já estava ficando fria.

- Keith, coletes protegem essa parte por causa da alta concentração de órgãos, ela está assim e só foi atingida a alguns minutos, raciocine bem.

- EU NÃO QUERO, EU NÃO LIGO.

Lágrimas começavam a sair dos meus olhos, logo a garota me olha.

- Keith...Não vou conseguir sair inteira disso...e isso dói muito...por favor...só...só acabe com isso de uma vez.

Ela me olhava com lágrimas nos olhos mas mesmo assim tinha um sorriso doce, sua mão fria encostava na minha bochecha enchugando as poucas lágrimas que se atreviam a sair dos meus olhos.

- Não Sam, por favor, não me pede isso.

Escondo meu rosto no espaço entre o ombro e o pescoço da garota, estava começando a chorar mais forte enquanto meu coração batia na minha garganta.