O Alfonso estava me provocando desde o maldito momento que entrei naquele carro, só não soquei a cara dele por está dirigindo e não quero morrer por causa da infantilidade dele. Como alguém pode mudar tanto assim?
— Annie você pode ficar no quarto de hóspedes, não se preocupe que não terá que aguentar por muito mais tempo está voz de taquara rachada do meu irmã - sorrio fraco e volto a minha atenção a Angelique.
— fico muito grata por isso - ela pisca para mim em resposta e solto um suspiro de alívio ao ver que já tínhamos chegado.
Quando o Alfonso finalmente para o carro na garagem pego a minha sacola e sou a primeira a sair do carro, logo a Fernanda e a Angelique me acompanha, mas o Alfonso não sai do carro e sai com o mesmo.
A Angelique me guia até o quarto onde ficaria e se senta na cama, fecho a porta e ela me olha incerta, mas me sento ao lado dela.
— eu quero me me desculpar pelo Alfonso, ele está com o ego ferido e está sendo um completo idiota contigo, não pense que eu não tenho notado - engulo o seco e solto um suspiro pesado.
— você não tem que se desculpar por ele, acredito que ele já está bem crescidinho para arcar com os absurdos que faz - ela concorda com a cabeça.
— espero que esta situação melhore logo, não suporto ver este clima entre vocês, é nítido o quanto se gostam, não consigo entender como as coisas chegaram a este ponto - seu olhar estava carregado de tristeza, mas não poderia despejar tudo na cabeça dela assim, mesmo sabendo que uma hora ela teria que descobrir do que a mãe dela é capaz.
Depois que a Angelique saiu do quarto, vou tomar um banho para ir almoçar, sendo uma refeição bem agradável entre nós três, o Alfonso só entrou em casa no meio da tarde com os cabelos molhados e com o corpo coberto de areia.
— não acredito que foi na praia e não chamou ninguém! - Fernanda grita do sofá.
— na próxima faço um anúncio e coloco no Google cunhada - ela sorriu falsamente para ele.
— não desconte a sua falta de sexo na minha namorada! - a Angelique grita enquanto vem da cozinha com a panela de brigadeiro.
— nem irei te responder maninha - diz subindo direto, mesmo estando transbordando de ódio dele, mas não sei se era pior quando ele ficava me enchendo ou quando ignorava totalmente a minha presença, só tenho uma certeza, me apaixonar por ele foi a coisa mais imbecil que já fiz em toda a minha vida.
Assistimos ao filme enquanto devoramos o brigadeiro, já tinha assistido aquele filme diversas vezes, mas as meninas insistiram em assistir e aqui está eu chorando com o final de 'de repente 30', pelo menos não estava chorando sozinha a Fernanda chorava junto comigo.
Depois do jantar subi para o quarto, mas não conseguia dormir, sentia vontade de ir ao banheiro, fome, cede, calor, tudo menos o bendito sono. Me levanto da cama e resolvo ir buscar água na cozinha, mas quando chego lá me deparo com o Alfonso sentado a mesa com um copo de whisky em mãos.
— sem lição de moral por favor - ignoro o comentário dele, vou até a geladeira e pego a garrafa com água — por que teve que envolver a minha mãe entre nós dois, não ver como isto é ridículo? - diz sorrindo fraco e tomando um gole da bebida.
— quando você estiver sóbrio conversamos - ele nega com a cabeça, coloco um pouco da água num copo e tomo.
— não ver o quanto isto está me machucando? Eu te amo demais, será que não entende isto? - ele falava praticamente gritando, ouço ele bater com o copo da bancada da ilha, sendo seguido pelo som do copo quebrando.
— você enlouqueceu? - corro até ele que olhava a mão ensanguentada absorto, abro a torneira, vou até ele e com muito custo o tiro do banco e o guio até a torneira, lavo a sua mão direita e coloco na água, logo em seguida pego um pano limpo e estanco o sangue.
O sento no sofá da sala e vou procurar pela casa algo que pudesse me ajudar com esta situação e encontro no banheiro do final do corredor uma maleta com algumas coisas para primeiro socorros. Desço as escadas o mais rápido possível e quando chego até ele já estava completamente dormindo.
— você é um inconsequente Alfonso - digo baixinho para mim mesma enquanto passava a pomada na mão dele — como se não bastasse um braço imobilizado, agora temos um corte na mão direita - ele murmura algo que não consigo compreender e começo a enfaixar a mão.
Mesmo o corte não sendo tão profundo, do jeito que as coisas estavam, não confiaria nele com um curativo simples. Quando termino de guardar tudo na maleta, noto que ele estava me observando com a cabeça encostada no sofá.
— sei que estou sendo um imbecil com você, mas saiba que eu te amo muito, nunca nenhuma mulher mexeu tanto comigo - sinto meu coração palpitar no peito, mas antes mesmo que pudesse responder ele fecha os olhos e dorme.
— boa noite Alfonso - deposito um beijo na cabeça dele e o deito melhor no sofá, busco um cobertor e o cubro, nem quero imaginar a ressaca que ele terá no dia seguinte.
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Olá, desculpa por não ter postado antes, mas finalmente consegui trazer o capítulo fresquinho para você.
Boa noite :*

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Oasis [Ponny]
FanfictionApós concluir a graduação em fisioterapia, Anahí se muda para a cidade de São Paulo para cursar residência em neurologia num hospital público. Tendo que morar numa residência com mais três pessoas, se ver presa numa grande trama política tornando-s...