Contrato Blindado - Duologia Blindado (Livro 1)

Capítulo especial: Amora (Revisado)

Música do capítulo:

Impossible - James Arthur

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Segunda-feira, 12 de maio de 2014

Amora

Acordei pela madrugada com meu celular tocando, acendi o abajur e atendi o celular. Ali um pouco de mim começou a esmurecer. No telefone era um médico que disse que encontraram o Victor num depósito abandonado, ele foi baleado e estava em estado grave. Eu não consegui dizer nada além de: "Okay, estou indo pra aí."

O celular escorregou de minha mão e espatifou no chão. Eu estava em choque. Comecei a chorar instantaneamente. Eu gostava dele mais que um amigo, mas ele demostrantrava gostar de outro gênero e não era o feminino. Ele era gay. Eu sempre soube, mas não conseguia parar de gostar dele e acabei me apaixonando.

Lembro de um dia em que assistíamos a um filme de comédia e eu quase por um impulso, beijei ele. Quando eu ia me inclinar para beijá- lo, o celular dele tocou e ele teve que ir embora. Teve outra vez que bebemos muito mesmo e sim, nessa vez a gente se beijou e foi algo intenso e maravilhoso, só que depois do beijo ele desmaiou de tanto beber e não se lembra de nada.

Minha vida nunca foi fácil. Tudo tinha que lutar para conquistar e merecer para ter. Eu perdi muitas coisas e pessoas nessa vida. Meus pais já morreram há uns dez anos atrás e tive que morar com minha avó materna por mais 3 anos, até alcançar meus 18 anos e vir para San Francisco tentar a sorte com algum emprego que eu me encaixe. Foi aí que a Lívia entrou na minha vida.

Eu estava passando na porta do restaurante del prado com jornais em mãos à procura de um emprego, até que a Liv se esbarrou em mim deixando cair todos os jornais e uma revista da Scarlet Perrie que eu havia comprado com o pouco de dinheiro que eu ainda tinha. Liv me ajudou a pegar tudo o que caiu no chão e quando viu a revista, me perguntou se gostava da Revista Scarlet Perrie. Eu disse assim: "Eu amo essa revista. A seção de moda, beleza e entrevista são incríveis!." imagina uma garota de óculos com um rabo de cabelo fazendo isso muito entusiasmada, meus olhos até brilhavam.

Lívia sorriu. Ela disse que trabalhava na seção de entrevistas e fica feliz por eu gostar, e quando percebe que circulei em todos os jornais na seção emprego, me perguntou se eu precisava de um emprego,pois tinha uma vaga para a seção de moda na Scarlet Perrie e após um estágio de 5 meses, que eu poderia ser contratada. Meu sorriso imenso foi confirmação suficiente para ela saber que eu estava interessada. No fim, consegui o emprego e estou lá desde meus 18 anos com a Lívia sendo a minha irmã do coração e o Victor me apoiando em tudo.

Quando cheguei no hospital, soube do real estado do Victor e meu coração se apertou, ele estava muito mal e a probabilidade dele sobreviver a cirurgia era mínima. Me encostei na parede da sala de espera e deixei as lágrimas rolarem soltas, meus soluços e as lágrimas salgadas deixavam minha respiração difícil, meus olhos mais fundos e minha cabeça latejando de dor. Em meio meu desespero, lembrei que a Lívia gostaria de saber se algo acontecesse com o Victor. Liguei para ela que atendeu de imediato.

Lívia: Alô Amora, o que houve amiga? - Amora chorava no outro lado da linha - fala alguna coisa, tô ficando preocupada.

Amora: Encontraram o Victor baleado na porta de um depósito abandonado quase morto, ele foi levado para a emergência. Eu estou desesperada. Ele não pode morrer Liv. - disse chorando

Lívia: Ele não vai morrer. Ele é forte. Nós vamos pra aí no primeiro vôo disponível. - Martín concordou

Amora: Tá bom. Beijo. Tchau. - desligou fungando