Capítulo 17 (Revisado)

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Música do capítulo:

Hold on - Chord Overstreet


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Passam-se 5 meses...

Sexta-feira 22 de dezembro de 2014

Lívia

Desde que Martín foi preso, minha vida perdeu a cor e ficou monótona, meus dias sem ele são tristes, sem aquele sorriso, seus beijos e sem aquela risada contagiante. O Victor continua desaparecido e Amora está desolada também, ela não sai daqui de cada porque se ficar na casa dela, ela só vai lembrar dele e chorar o dia todo. Eu já pedi licença a maternidade da revista Scarlet Perrie, estou com 7 meses de gravidez da minha pequena Katherine ou Kate, a revista queimou totalmente no incêndio e Scarlet denunciou Adam, mas ele sumiu no ar. A revista está se reerguendo aos poucos em um espaço pequeno no Centro de São Francisco, mas acredito que logo logo já estamos no mesmo pique de antes.

Hoje era dia de visitar o Martín, eu só posso vê-lo uma vez por mês. Me levanto com um pouco de dificuldade pelo tamanho da minha barriga, tomei um banho e vesti um vestido rosa bebê longo de alças e calcei uma rasteirinha, passei um batom rosa claro e peguei minha bolsa preta com a chave de casa, chave do carro e meu celular. Passo no quarto da Kate e pego a bolsa dela já preparada, a médica me disse que eu devia estar atenta, pois a bebê pode nascer antes do tempo. Encontro Amora na sala com uma vitamina de frutas na mão pra mim e fomos seguindo pro meu carro, onde Amora vai dirigir porque com essa barriga fica difícil dirigir.

Chego na cadeia e Amora fica me esperando no carro. Passo pela revista da minha bolsa de mão e me permitem passar e me deixam na porta da sala de visitas. Quando o policial me deixa lá e sai, abri a porta lentamente pois não sabia se o Martín ja estava lá, quando abri a porta meu sorriso morreu. Martín e Marina estavam se beijando. Fiquei estática diante daquela cena.

Quando eles percebem minha presença, Martín me olha nós olhos cheios de culpa, em compensação os meus olhos estavam cheios de lágrimas e fuzilando decepção e dor. Saí dali sem ao menos olhar para trás. Entrei no carro e me debulhei em lágrimas, Amora me perguntou o que houve e eu não conseguia dizer uma palavra, ela não perguntou mais nada e fomos embora pra minha casa.

Cheguei em casa e me sentei no sofá ainda chorando, Amora sentou do meu lado e eu deitei minha cabeça em seu colo, ela afagou meus cabelos e eu fiquei massageando minha barriga. Agora seríamos apenas eu e minha filha.

Amora: Me diz alguma coisa sobre você está nesse estado, tô preocupada com vocês - disse referindo a mim e a minha pequena Kate.

Lívia: Peguei o Martín e a Marina se beijando na sala de visitas - eu disse tentando parar de chorar e secando as lágrimas

Amora: Ele é um babaca. Como pode fazer isso com você se te jurou amor eterno? Não fica assim. - beijou o topo da minha cabeça

Lívia: Eu vou pedir o divórcio e quero que ele assine o mais breve possível, antes do Natal se possível.

Amora: Vou conversar o meu primo que é advogado para ele adiantar o processo do pedido de divórcio pra você.

Lívia: Obrigada mana.

Amora: Por nada maninha. Que tal ir descansar um pouco no seu quarto? Imagino que a minha sobrinha esteja te cansando - ri

Lívia: Ela mexe muito na barriga, muito animada. Vou subir para meu quarto então.

Amora: Vou ligar para o advogado e subo depois pra te fazer companhia.

Lívia: Está bem. Obrigada - sorri

Amora: Não precisa me agradecer, amiga é pra essas coisas - ela sorriu e eu subi para meu quarto descansar um pouco

Deitei minha cabeça no travesseiro e sentia carregar o mundo na minha cabeça do tanto que ela estava pesada e doendo. Não era só minha cabeça que doía, meu coração também. Me sinto traída. Me senti enganada. Como ele pode me trocar pela ex dele em um piscar de olhos? O que a gente viveu não significou nada? Choro baixinho e durmo. Seremos somente eu e você contra o mundo querida, disse colocando a mão na barriga.

Martín

Faziam 5 meses que eu estava naquele prisão sem ter feito nada de errado. Eu rezava todas as noites para minha esposa e minha filha estarem bem e Deus cuidar delas na minha ausência, pedia que Victor estivesse vivo e que o encontrassem logo. Eu estava preocupado com o sumiço dele, ninguém some do nada e ele não era culpado pelo roubo assim como eu também não sou, ele não teria motivos para fugir e ele é minha única testemunha, ele não me deixaria na mão. Não sei o porque, mas sinto que o sumiço de Victor tem dedo do Adam. Quem mais me odeia tanto para sumir com a única testemunha que eu tenho para comprovar minha inocência?

Hoje era dia de visita e eu esperava ansioso por Lívia, ela me fazia uma falta constante durante o dia todo por todos esses cinco meses, meu mundo ficou cinza sem ter seu brilho por perto e sua cor para dar luz a minha vida. O policial veio me dizer que eu tinha visita, sorri imediatamente pois sabia que era a Lívia, ela me visitou todos esses meses e saber que ela acreditava que eu era inocente e está ao meu lado, me faz ver o quão grande é o amor dela por mim, assim como o meu amor por ela é infinito e imensurável.

Cheguei na sala de vistas, mas assim que a minha visita que estava de costas se virou, vi que não era Lívia e sim Marina. O que ela fazia ali? A gente já tinha conversado no escritório e eu disse que eu não queria que ela se metesse na minha vida, que eu amo a Lívia e que nem ela será capaz de mudar isso. Me sento numa cadeira em frente a Marina que me olhar com um grande sorriso.

Martín: O que você faz aqui Marina? Eu disse que não era pra você me procurar mais. - eu disse serio.

Marina: Mas eu tinha que te visitar querido, você é o homem que eu amo - pegou na minha mão e eu tirei, ela se levantou e ficou em pé ao meu lado - vai ser melhor você ficar comigo, para seu bem e para o bem de todos - cochichou em meu ouvido e antes que eu pudesse reagir ela me beijou

Eu a afastei e quando olhei para a porta, Lívia estava ali olhando tudo com uma cara de choro e com muita decepção, eu ia atrás dela, mas a Marina me parou com o braço e deixou uma carta na mesa e disse antes de sair: "Eu se fosse você, não ia atrás dela antes de ler essa carta." Fiquei confuso. O que tinha naquela carta que me impediria de ir atrás da mulher que eu amo? Abri a carta e comecei a ler, merda entendi tudo agora e estou muito encrencado.

"Caro Sr.Lawson,

Sou César Williams, pai de Marina e do Adam, gostaria de lhe avisar do seguinte: minha filha quer se casar com você e ela vai casar com você, se você recusar ou se casar e procurar pela Lívia Lancaster além do objetivo em ver apenas sua filha(o), irei caçar um por um da sua família e mata-los. Fique ciente disso antes de responder essa carta. Então, aceita se casar com minha adorada filha?

Sim ( ) Não ( )

Ps: Responda e entrega a carta ao guarda que está na porta da sala de visitas, ele irá me entregar.

Ass: César Williams"

Se eu marcasse não, era como assinar a sentença de morte de todos que eu amo e ter que conviver com a culpa de todas essas mortes. Eu não poderia fazer isso. Eu tinha que marcar sim, faria isso para mate-los a salvo. Assinei sim e entreguei para o guarda que estava na porta da sala de visitas, ele me levou de volta pra sala e eu fico novamente preso em uma cela sozinho com meus pensamentos gritando por socorro.

A Lívia não vai me perdoar por ter "traído" ela, mas devido minha resposta a carta, tenho certeza que a Lúcia vai querer o divórcio e eu so vou assinar porque sei que assim elas estarão seguras, enquanto eu estiver casado com Marina todos ficaram vivos. Eu vou achar uma solução depois de me casar e ganhar a confiança do pai do Adam, o Sr. Williams. A minha unica missão de vida agora é manter todos vivos e achar uma maneira de salvar todos e sair dessa prisão, mas não a prisão/cadeia que eu to e sim na prisão criada pela Marina e o pai dela. Me casarei com a Matina pro bem de todos. Farei esse sacrifício por todos que eu amo.

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Mil perdões pelo capítulo curto, prometo escrever mais. Gostaram do capítulo? Votem e comentem. Próximos capítulos em breve😊❤

Contrato Blindado - Duologia Blindado (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora