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Não demoramos até achar um aberto e a fila também não está grande. Compramos sanduíches e comemos na viagem para casa.

 Pode deixar minhas malas ai, vim aqui para conversar e não para ficar  diz Helena ao ver meu pai tirar sua mala do carro.

Martin bota de volta e vem apenas com as de Raquel.

Espero mudar este pensamento da minha tia, quero todas as duas aqui comigo.

Ao entrar, vou direto na cozinha pegar uma água, preciso me preparar para essa conversa. Raquel vem logo atrás.

Vi, ta pesado o clima entre eles, nossa  comenta baixinho.

 Pois é, mas espero mudar isso, Martin me disse o porquê de tanta raiva, depois te conto tá  sussurro com expressão tensa.

De repente ouço uma discussão. Que gritaria é essa? Corremos para a sala.

Martin fala de um lado Helena do outro, parece que a qualquer momento vão explodir de tanta força que estão fazendo para gritar.

 Parem com isso!  Vocifero  Não é assim que vamos resolver as coisas!

Ela que começou  diz meu pai. Um gatilho perfeito para recomeçar a gritaria entre eles.

 E quanto a mim, não tenho direito de falar!  Esbravejo.

Eles ficam falando de mim como se eu não estivesse aqui, como se eu não pudesse me defender, jogando coisas um na cara do outro.

 Não vou aguentar isso, não de vocês, já chega de tragédias, tristezas e brigas, eu quero minha família, quero as pessoas que me amam de verdade. Quero dias normais e divertidos. E isso só posso ter com vocês, então por favor, vamos nos sentar e conversar civilizadamente!  Grito, com lágrimas nos olhos.

Lembranças me consomem, não consigo segurar. Mas funcionou, estamos todos sentados e agora sim podemos conversar.

 Nos desculpe querida  murmura Martin cabisbaixo.

一 Tudo bem, só quero que deixem de lado suas diferenças. Pai eu te perdoei porque senti o que você sentiu, não foi nada fácil superar a morte da mamãe, mas cada um sofre do seu jeito e não tenho o direito de questionar o seu, só sinto por ter demorado a achar o caminho de volta 一 relato com empatia 一 E tia eu sou o seu espelho, você me criou e hoje minha índole é inspirada na sua, inclusive na questão do perdão, eu o perdoei e gostaria que fizesse o mesmo. Não estou pedindo para esquecer, mas dar uma nova chance 一 proponho seria, em tom de aceitação.

Nesse momento um olha para o outro por alguns segundos sem falar nada.

Tudo bem  ela respira fundo e continua  Em todo caso Violet está certa, me desculpa filha  murmura levantando do sofá  E Martin, que fique claro, isso é pela Violet  diz ao sair de casa.

Vou atrás dela e a vejo trazendo sua mala para dentro, quando chega mais perto dou-lhe um abraço bem apertado.

 Obrigada tia.



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Muito obrigado!! ♥

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Srta Violet: De Paris à Espanha - PausadoOnde histórias criam vida. Descubra agora