Capítulo V

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Passamos pelo portão principal da empresa, os seguranças me olharam de maneira estranha, já que não era muito comum que eles me vissem entrando pelo portão com um homem em cima de uma moto. Depois de estacionar aquela maravilha, andamos até a entrada do prédio, Samuel ficou impressionado quando viu o nome da empresa e reconheceu-a.

— Você realmente é dona da maior empresa do país, de jogos eletrônicos?! Não acredito, por que não me contou desde o início?! – perguntou, olhando o slogan em cima da entrada daquele enorme prédio espelhado.

— Achei que não era importante – falei, com um sorriso divertido.

— Eu não costumo jogar muito, mas quando faço isso, é apenas com jogos da sua empresa. Os gráficos são bons, às histórias são boas, NA games é a melhor empresa de jogos do país! – Ele olhou para mim fixamente.

— Então, agradeço a sua preferência. Mas você não precisa me olhar assim, estou ficando preocupada. – o encarei um pouco e ri.

Entramos na empresa e eu tive que esperar na recepção, enquanto uma recepcionista providenciava um cartão de visitante para Samuel. Uns 20 minutos depois, ele estava de volta com ela.

— Obrigada, Marie – agradeci simpaticamente.

— De nada, senhorita Kalffman. – Ela sorriu para mim.

Olhei para Samuel, mas não vi o cartão em seu pescoço.

— Onde colocou? – Ao mesmo tempo que perguntei, começamos a andar.

— Está seguro, não se preocupe, quando precisar mostrar, eu o mostrarei – falou um pouco nervoso.

Logo entendi tudo, ele não queria mostrar pelo mesmo motivo que eu me recusei desde o começo a ter um. Nicholas ficou me enchendo para fazer um especial, para que os funcionários soubessem que também sou dona da empresa, mas isso não foi necessário, depois de um tempo, eles se acostumaram comigo e eu, com eles. Observei sua roupa, a procura do cartão por um tempo, provavelmente estava no bolso de trás. Parei de andar e ele também parou. Eu sei que querer fazer isso é idiotice, mas não quero perder nenhuma oportunidade de constrangê-lo, como ele fez comigo o dia todo.

— Samuel – me aproximei dele, rapidamente – vou pegar isso por um instante. – Coloquei minha mão em seu bolso de trás da calça e puxei o cartão, ele tentou pegar de volta, mas me desvencilhei dele com rapidez.

—Você é bem chata quando quer! – Ele me olhou, irritado.

—Eu sei – ri da expressão em seu rosto.
Virei o cartão do lado oposto, o lado onde estava a foto. Não sabia o porquê que ele estava envergonhado, a foto não havia ficado ruim comparada a qualquer outra tirada nesse formato. Não é justo, por que ele tem que ficar bonito até em uma foto 3x4?

— Se divertiu, agora devolve. – Ele esticou a mão para mim.

— Por que ficou tão irritado? É só uma foto e você saiu bonito. Por incrível que pareça. – Ri. – Vamos. – Devolvi o cartão de identificação.

— Mudando de assunto, aqui é bem grande. – Ele olhou admirado para cima.

— Bem, somos a maior empresa de jogos do país, você mesmo falou – disse com uma ponta de orgulho.

Subimos pelo elevador até o segundo andar, onde ficava a sala de desenvolvimento de jogos.

— Esta é a sala de desenvolvimento de jogos; onde reunimos pessoas capacitadas e criativas para desenvolverem a história do jogo.

O lugar era amplo e nele, havia várias mesas com computadores de última geração. As pessoas pareciam bem envolvidas em seu trabalho, mas, ao mesmo tempo, a sala tinha um ar divertido, sempre estimulávamos os funcionários a serem bem extrovertidos e animados, afinal, a sua função era criar algo divertido.

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