Epílogo II

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Acordei envolvida nos braços de Samuel e odiei ter que lembrar da nossa viagem e precisar me levantar. Achei que ele ainda estava dormindo, então tentei sair de seus braços sem que ele acordasse, assim que fiquei sentada na cama, ele me puxou de volta para perto dele.

-O que foi? - perguntei.

Mas ele não respondeu, apenas me puxou para um beijo demorado que foi criando vida. Eu me deixei levar por ele, Samuel me puxou para sentar no seu colo e eu fui. Paramos por um minuto para nos olharmos e depois continuamos a nos beijar com mais intensidade. Suas mãos percorreram minhas costas e eu arfei, ele começou a tirar minha blusa, mas fomos interrompidos pelas batidas de Jen e Nicholas na porta.

-Vocês vão perder o trem! - ela gritou ao bater à porta.

-Já vamos! - respondi.

Saí de cima de Samuel e me levantei da cama, ele também levantou e me abraçou por trás antes que eu pudesse chegar ao banheiro.

-Samuel - comecei a falar enquanto ele beijava meu pescoço - perderemos o trem.

-E daí? - ele perguntou virando-me de frente para ele - podemos desistir da viagem e ficar aqui. - ele fez um biquinho para me convencer.

-Não! Foi você quem escolheu para onde vamos, lembra? Falou que queria me mostrar a praia e eu quero andar de trem. - me desvencilhei dele.

-Que afeição é essa por trens? - ele pergunta, tirando a blusa.

-Eu só - quando o vi sem blusa me virei inconscientemente - gosto de viajar de trem. - mordi os lábios.

-Você é estranha. - ele ri sem notar meu desconforto ou notou e por isso riu.

-Por gostar de viajar de trem?

-Não, por escolher viajar de trem a passar o dia na cama, comigo. - ele diz me abraçando por trás novamente. Sinto o calor do seu corpo e enrubesço.

-Não vou passar o dia com você de qualquer modo? - ri meio nervosa e com graça.

-Desisto. - Samuel me solta e vai para o banheiro sorrindo.

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Entramos no trem e nos sentamos um de frente para o outro, entre nós havia uma mesa de madeira, muito bonita. Fiquei encostada na janela, observando a paisagem e Samuel também, pelo menos até ele quebrar o silêncio:

-Estou sentindo sua falta. Por que não vem sentar aqui do meu lado? - ele pergunta com a voz chorosa, se apoiando na mesa e me encarando.

-Porque quero ficar perto da janela. - sorrio para sua fofura. - vêm você sentar do meu lado - cruzo os braços em cima da mesa e apoio minha cabeça.

-Também quero ficar perto da janela - ele continua me encarando, mas dá para perceber que ele não queria realmente ficar perto da janela - você está tão fofa assim, - ele sorri - mas não vai me ganhar com isso.

-Então estamos em um dilema. Nosso primeiro dilema - encaro a mesa - como casados? - volto meu olhar para ele e sorrio, enrubescendo. Quando ele escuta isso, também enrubesce levemente e coloca uma mão na boca, sorrindo.

-Tudo bem, você ganhou. - ele se levanta e senta ao meu lado, eu me acomodo em seu peito e ele me abraça, continuo a observar a janela. Depois de um tempo nós dois dormimos até chegarmos em Chicago.

Saímos do táxi e adentramos o hotel, o lugar era amplo e bem-arrumado, amo quando os lugares são bem-arrumados. Samuel falou com a recepcionista, que era bastante simpática, até demais para mim. Quando nos dirigimos com nossas malas para o elevador, uma moça gritou o nome de Samuel que virou imediatamente, também me forcei a virar. A mulher se aproximou de nós com um grande sorriso, como ela estava bronzeada e não carregava mala, parecia estar no hotel há um tempo. Seu cabelo era loiro e comprido e ela tinha olhos de um azul-claro chamativo, seu corpo era bem deslumbrante no maiô preto que estava usando, mas não consegui ver com toda clareza porque estava coberto por um vestido meio transparente de praia.

A Coadjuvante Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora