Capítulo 15

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Olha eu aqui de novo cambada... voltei como havia dito, com mais um capítulo para vocês.

Boa leitura.

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Fui para a biblioteca, massageando minhas têmporas. Esperava encontrar algum livro que pudesse me distrair, algo da Meg Cabot ou da Nora Roberts, tanto faz. Qualquer coisa para tirar minha mente da realidade agora. Então podia ser algum livro estilo Stephen King para eu pensar que minha realidade fosse a melhor no final do livro.

Enquanto passeava pelas prateleiras, encontrei um homem alto, todo vestido de Preto e chapéu largo, chamando a atenção de tal forma que todos no recinto fechavam seus livros e saíam. Provavelmente imaginando que ele fosse algum personagem tenebroso, fugido de algum livro secreto e obscuro de Harry Potter.

– Simon, o que faz aqui?

Ele virou-se para mim, segurando um livro nas mãos e fitou-me de cima a
baixo.

– Você esteve com Lauren.

Sério, ele tem os poderes de um São Bernardo.

– Sim, por acaso ela estuda na mesma sala que eu.

– Hum.

Ele tornou a virar-se para o livro e eu suspirei. Essa pose toda é treinamento do Conselho ou ele é realmente muito chato? Quando virei para ir para a próxima prateleira, ele começou a falar novamente.

– Precisamos aprontar uma armadilha para ela.

Arqueei uma sobrancelha.

– Precisamos?

Ele recolocou o livro no lugar e aproximou-se de mim, com a capa quase se arrastando no chão.

– Sim, precisamos. Você não disse que deseja ser minha discípula?

– Então precisa da minha ajuda? – sorri.

– Não – ele respondeu secamente – mas talvez você possa aprender alguma coisa de útil enquanto estiver aqui.

Meu sorriso estava congelado no rosto, mas na verdade eu estava rangendo os dentes.

– Bem, e qual a ideia?

– Você disse estudar com Lauren. Ela vai estar na aula amanhã?

– Bem, não sei. Ela é meia de lua...

Rá rá rá de lua. Só falta ser lobisomem para eu poder acrescentar no meu currículo de coisas que não consigo caçar.

– Bem, se ela não estiver eu vou atrás dela em seu quarto.

– Não acha melhor arrumar passe livre para fazer isso? – só então me toquei que estava querendo facilitar as coisas para Simon.

Meu orgulho ferido funcionava automaticamente comandando meu
subconsciente em busca de vingança.

– Não preciso me preocupar com essas bobagens do Conselho. Vim aqui apenas para fazer o meu trabalho - cortou ele, esbanjando presunção.

– Mas não é importante guardar o segredo das outras pessoas? Você sabe... – sussurrei – sobre o nosso trabalho?

Ele suspirou. Provavelmente já deve ter escutado aquela ladainha milhares
de vezes.

– Sim. Mas também é importante não deixar testemunhas.

Engoli em seco. De repente muita coisa que Lauren havia mencionado
começou a fazer sentido.

Testemunhas. Golpes baixos. O que Simon era capaz de fazer para alcançar seus objetivos.

– Quais são os poderes que você tem? – perguntei sem pensar.

Ele arqueou uma sobrancelha e de súbito esboçou o que se poderia considerar uma tentativa falha de um sorriso.

– Acho que isso não é da sua conta, senhorita Camila.

– Mas seria interessante ver a extensão de poderes de um caçador, certo? Eu tenho poderes estranhos e tal... gostaria de saber como você se vira com os seus!

– Hum. Bem, eu tenho um poder muito mais extenso do que o seu de pressentir a presença dos vampiros.

– C-como sabe disso? Quer dizer, desse meu poder?

– Todos os caçadores têm.

Eu me senti um pouco indignada. Quer dizer, eu tenho um poder que todo mundo tem. Grande coisa.

– E no que o seu se difere? – retruquei, torcendo o nariz.

Ele olhou ao redor e continuou sua fala profunda e quase silenciosa.

– Eu posso sentir a presença de um vampiro em seus mínimos detalhes. O seu cheiro. Quando ele toca algo, quando ele passa por algum lugar... Quando ele toca em alguém.

Engoli em seco outra vez. Aquilo foi uma direta.

– Nossa, que legal, hein? Bom, então, o que seria sua armadilha?

Ele cruzou os braços.

– Bem, apenas chame ela para ir ao jardim depois da aula. Reparei que os alunos vão direto para os seus quartos assim que termina.

– Deve ser porque é proibido zanzar pela universidade à noite. De modo que eu também posso ser punida.

– Uma caçadora deve preocupar-se apenas com seu trabalho. E depois, eu só disse para que você a chamasse, e não que estivesse lá.

– Acontece que se eu não me comportar decentemente posso despertar suspeitas sobre minha profissão, tá?

– Sim, claro. Se você não é uma estudante exemplar, então eles poderiam desconfiar que, na verdade, você é uma caçadora de vampiros.

Calei-me.

Ele sacudiu a cabeça e passou por mim, seguindo direto para a saída, deixando ainda no ar a frase “chame ela para ir ao jardim”.

Então, certo, minha missão é: não levá-la ao jardim.

Claro, você não quer que eu ajude um caçador tão mal-educado, não é?

Mandei uma mensagem para o celular de Lauren, já que não seria seguro
chegar perto dela e deixar, sei lá, algum tipo de essência dela em mim que pudesse ser farejado por aquele caçador sabujo.

Avisei ela dos planos do Simon, em chamá-la para ir ao jardim, e pedi que ela evitasse ir à aula, mas que não ficasse no quarto. Devo ter digitado algumas letras erradas e devo ter deixado a mensagem soar estranha, mas acho que tinha deixado claro o suficiente.

Deixado claro que eu me importava, pelo menos. Porque ela respondeu
momentos depois:

“Eu sei que você me ama, Camz.”

Não fiquei com raiva extrema por dois motivos:

1 – ele recebeu a mensagem.
2 – ele não estava com raiva de mim.

Bem, também não tinha porque estar. Afinal, não somos namoradas e quem estava dando em cima de mim era o Shawn. Afinal Lauren e eu éramos apenas...

Enfim, não importa.

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Bom galera por hoje é só kkkk agr só amanhã.

Boa noite e até +++

A Caçadora - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora