Capítulo 29

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Olha dessa vez eu esqueci de postar, vcs também não me lembram kkkk

Tenha uma boa leitura..

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Engoli em seco.

Novamente meu estoque para desculpas esfarrapadas tinha que entrar em ação.

– Hum, estou esperando uma amiga trocar de roupa. Já vou me retirar.

– Onde está sua plaquinha de identificação? Qual o seu nome?

Notei que o enfermeiro tagarela terminava de conversar e seguia em frente.

Quando fiz que ia segui-lo o homem segurou em meu pulso. Cara, aquilo doeu, afinal eu tinha acabado de tirar sangue!

Tirei o braço com firmeza e ele fechou a cara. Devia estar desconfiando.

– Siga-me, mocinha.

– Eu... eu não tenho obrigação nenhuma – comecei a ficar mais tensa quando percebi o enfermeiro já dobrando a esquina – vou informar ao meu superior, quando o encontrar, que o senhor está me assediando.

Ele fez uma cara de espanto seguida por olhos arregalados.

– Mais superior do que eu? Eu sou o diretor do hospital!

Não é incrível o talento que eu tenho?

Eu sempre arrumo encrenca com as
pessoas mais importantes. Não duvidaria se algum dia eu atropelasse alguém com um carrinho de compras no supermercado e esse alguém fosse o presidente.

Pior, o ChuckNorris.

– Desculpe, sou nova aqui. Tudo bem, já estou me retirando – e segui com
passos apertados rumo ao mesmo caminho do enfermeiro.

Ele gritou mais uma vez e senti vontade de não estar mais fantasiada de enfermeira. Queria ser dentista.
E arrancar todos os dentes dele com um soco sem anestesia.

– A saída é para o outro lado, mocinha.

– Eu só vou pegar as minhas coisas – cortei, um pouco tensa.

Novamente segui adiante, tensa e suando frio. Percebi que ele não estava mais me seguindo e respirei aliviada. Até perceber que ele estava na verdade falando com alguém pelo telefone do hospital.

A segurança! Será que ele estava notificando a segurança do hospital?

Apressei o passo e esbarrei com o enfermeiro tagarela quando ele já estava voltando da sala.

– De onde você saiu? – disse, mais mal-humorada do que pretendia.

– Desculpe?

– Onde era a sala para a qual você levou o sangue?

– Quem é você?

– Uma novata.

Em tudo, praticamente.

– Estou querendo saber bem os lugares do hospital, sabe... – acrescentei, para não parecer tão grosseira.

– Bem, segunda porta à direita.

Cara, não é que eu tinha acertado?

Eu agradeci e segui feliz em direção a ela, mas parei travada na porta que ele apontou.

A droga estava trancada!

O cara podia ter pelo menos a decência de avisar que trancou a dita cuja, não é? Passei a mão pelo trinco da porta. Estive tão perto; chegava a dar raiva.

A Caçadora - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora