29/07/2018
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domingoQuatro dias se passaram desde aquele jantar na casa do Jota.
Depois disso, nunca mais nos voltamos a ver. Ainda tentei falar com ele por mensagens mas ele não me respondia.
Não sei o que é que se passou para, assim de repente, ele me estar a ignorar. Sinto-me triste por nos termos afastado mas, ao mesmo tempo eu sei que não tive culpa. Eu não fiz nada para este súbito afastamento ter acontecido.
Neste momento, estou a entrar na esplanada. Gosto de vir para aqui para relaxar e pensar, e é disso que preciso.
Avisto o moreno e penso se devo ir ter com ele ou não.
Como não o consigo ignorar, tal como ele está a fazer comigo, começo a caminhar até ele.
- Posso? - perguntei apontando para a cadeira. Ele assusta-se e olha para mim. Encolhe os ombros e eu acabo por me sentar. - Nós temos que falar.
- Sobre? - o jovem futebolista pergunta sem olhar para mim.
- Sobre? - ri irónica. - Ainda perguntas? Jota, tu desde aquele jantar que ficaste estranho. Deixas de falar comigo assim do nada, mandei-te várias mensagens e tu não me respondes. Diz-me o que é que aconteceu.
- Não aconteceu nada. - as respostas dele eram curtas e frias.
- Então explica-me o porquê de te teres afastado, já que não aconteceu nada. - cruzo os braços.
- Beni, deixa-me, por favor.
- Eu deixo-te, mas gostava de perceber o porquê de isto estar a acontecer.
- Eu preciso de tempo. - o benfiquista finalmente deposita o seu olhar em mim.
- Desculpa mas não estou a entender.
- Preciso de um tempo... Para pôr as ideias em ordem.
- Que ideias? - estava, realmente, confusa.
- Esquece. Esquece tudo o que te disse.
- Não, não esqueço Jota. Diz-me o que é que aconteceu. - volto a insistir. Ele que nem pense que não me vai contar. Eu só saio daqui com uma resposta.
- Queres saber? - afirmo com a cabeça que sim. - Não gostei que fosses lá jantar. - as palavras dele atingem-me de uma maneira inexplicável.
Fico durante algum tempo a encara-lo. Nem sei o que lhe diga. Fiquei estupefacta.
- Porquê? - a minha voz falhou.
- Porque... Porque queria ser eu a convidar-te para lá ires. Queria ser eu a apresentar-te aos meus pais. Não era a Maria. Era eu. - novamente fico chocada com a sua resposta, no entanto, até fiquei feliz.
- Eu... Eu não sabia. A Maria convidou-me e eu aceitei.
- Eu sei disso. E tu não tens culpa.
- Mas há aqui uma coisa que me está a escapar. Porque é que me tens ignorado?
- Beni, tu não me és indiferente. - esboço um pequeno sorriso. - E eu sei que isto não é a melhor desculpa por te ter ignorado mas, eu preciso de tempo. Tempo para pensar.
- Ok, se é disso que precisas então eu vou respeitar. - levantei-me da cadeira. - Eu só quero que saibas que, também não me és indiferente e que eu gosto muito de estar contigo. - dei-lhe um beijo na bochecha e virei costas.
Confesso que estava à espera que ele chamasse por mim, para dizer que afinal queria que eu ficasse ali. Mas ele não o fez.
Continuei a caminhar. Não iria ficar ali na esplanada, sabendo que o moreno estava lá.
Se é de tempo que o Jota precisa, então eu só tenho de respeitar.
Voltei para casa e sentei-me no sofá. Retirei o meu dispositivo móvel da mala e comecei a navegar pelas redes sociais.
- Já estás em casa? - a Marta pronuncia-se. - Ainda à pouco saíste.
- Estava lá o Jota. - o rosto dela adquire uma expressão confusa.
- E isso não é bom?
- Sim e não.
- Muito esclarecedor, sem dúvida. - a minha irmã diz com um tom repleto de ironia.
- Nós estávamos chateados. Quer dizer, eu não estava mas as atitudes dele faziam parecer que estava chateado comigo.
A filha mais nova da família Costa senta-se ao meu lado.
- Maria Benedita, conta-me tudo! - ela ordena e eu gargalho pela maneira como ela me chamou.
- Na quarta-feira eu fui jantar à casa dele, certo? - ela assente. - Ele estava estranho, mal falou ao jantar mas não dei muita importância. Depois, tentei falar com ele por mensagens mas ele não me respondeu. Hoje, quando fui à esplanada, ele estava lá. Fui ter com ele e pedi-lhe que me explicasse o que se tinha passado. Ele disse que precisava de tempo para pensar e pôr as ideias em ordem. E também me disse que eu não lhe era indiferente.
- Calma, deixa ver se percebi. Então, ele ignora-te e depois diz que precisa de tempo para pensar. Beni, se ele disse que tu não lhe és indiferente e te pediu tempo para pensar, a resposta é óbvia. Ele gosta de ti mas está confuso.
Ia falar mas ela não me deu hipótese.
- E ainda dizem que as mulheres são complicadas. - a Marta diz e revira os olhos.
Permaneci calada.
- Tu gostas dele, não gostas? - já num tom mais calmo e sério, a minha irmã questiona.
- Eu... Eu acho que sim. - encolhi os ombros e um pequeno sorriso formou-se nos meus lábios.
- A minha maninha está apaixonada! - ela cantarolou abraçando-se a mim.
- Não digas essas coisas. - envergonhada, pedi.
- E agora, o que é que vais fazer? - interrogou já afastada de mim.
- Agora olha, vou ter de respeitar o tempo que ele me pediu e depois logo se vê.
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Olá! Como estão? 😊
Bem... O Jota está um pouco confuso e a Beni finalmente admitiu que gosta dele, vamos lá ver quando é que estes dois se resolvem.
Tenho vos a dizer que a história está na reta final, em princípio haverão mais quatro ou cinco capítulos.
Espero que tenham gostado!
Rita 💕
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DOMINGOS ; joão filipe
FanficTERMINADA • ❝ - Eu detestava domingos, mas tu conseguiste torná-los no melhor dia da semana.❞ ✓ ritaxsilva, 2019