DOMINGOS ; joão filipe

𝕧𝕚𝕟𝕥𝕖 𝕖 𝕦𝕞

31/07/2018
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terça-feira

Arrumava algumas roupas que estavam espalhadas pelo meu quarto e outras quantas coisas. Sem dúvida que a parte mais desorganizada da divisão é a parte da Marta. Aquela rapariga deixa tudo espalhado e depois, eu como detesto desarrumação, arrumo as coisas dela. Não é que ela mereça mas é mais forte que eu.

O som das notificações provindo do meu aparelho eletrónico faz com que eu pare a tarefa que me tinha incumbido a mim mesma.

Vou até à secretária e vejo que recebi uma mensagem do Jota.

O meu coração automaticamente começa a bater mais rápido. Depois de o jovem jogador de futebol me ter pedido tempo para pensar, nunca mais havíamos falado.

De: Jota 💛

Olá Beni, como estás? Preciso de conversar contigo, hoje de preferência. Depois diz-me alguma coisa.

O que poderá querer ele dizer-me? A única maneira de descobrir é encontrar-me com ele.

Para: Jota 💛

Olá, estou bem e tu? Por mim tudo bem, onde?

Para me distrair, continuo a arrumar o quarto até voltar a ouvir o toque de notificações.

De: Jota 💛

Também estou, mas ficarei melhor depois de conversar contigo. Em minha casa?

Para: Jota 💛

Pode ser, às 15h?

Como a hora marcada já estava próxima, fui tomar um duche e depois vesti-me. Uma roupa simples e nada de maquilhagem.

Admito que estava nervosa para ter aquela conversa. Não sei o que poderá acontecer.

Depois de estar pronta, saio de casa e percorro o caminho até à paragem de autocarro mais próxima.

Apanho o transporte público que me vai levar ao meu destino.

Assim que lá chego, saio do mesmo e faço um longo caminho até chegar às moradias onde o Jota vive.

Vou até à porta e toco na campainha.

A porta abre-se e vejo o moreno a esboçar um pequeno sorriso.

- Olá. - disse eu também com um sorriso na face.

- Entra. - ele cede-me passagem.

Ambos nos dirigimos para a sala de estar e abancamos sobre o confortável sofá.

Um silêncio constragedor instalou-se e estava a sentir-me bastante desconfortável.

- Então... - comecei. - O que é que me querias dizer?

Ele suspira e levanta-se. Começa a andar de um lado para o outro, tudo sob o meu olhar.

Volta a sentar-se e começa a bater com o seu pé no chão, gesto que me enerva solenemente.

- Jota, estás a deixar-me nervosa.

- Beni, já não aguento mais. Sinceramente, pensei que fosse precisar de mais tempo, mas apercebi-me de que não preciso de tempo nenhum. - ele agarra nas minhas mãos. - Eu gosto de ti. Eu quero ter-te para mim, só para mim. Quero-te perto de mim a todo o instante, apertar-te no meu abraço e nunca mais te largar. Tu és diferente de todas as raparigas que já conheci. Não te aproveitaste da minha fama, e eu agradeço-te por isso. Não nos conhecíamos, não sabíamos da existência um do outro e mesmo assim, quando os nossos olhares se cruzaram, senti qualquer coisa. Não te consigo explicar o que é. Senti que naquele momento, a minha busca pela felicidade havia terminado. E eu sei que isto é muito cliché mas estou a dizer-te isto do fundo do meu coração. Eu gosto mesmo muito de ti, Beni. Como nunca antes gostei de alguém. E peço desculpa por ter sido um parvo nestes últimos dias mas, eu precisava mesmo de saber o que sinto por ti. E eu já sei. - o Jota beijou uma das minhas mãos e sorriu.

- Eu... Jota... Não sei o que dizer... Eu... - gaguejei. A verdade é que também gosto muito dele mas foi tão repentino que fiquei sem reação.

- Podias começar por dizer que também gostas de mim. - o moreno pisca o olho e eu ri.

- Jota, eu confesso que não estava à espera. Sabes... Eu... Eu também gosto muito de ti. Tu já fizeste mais por mim em meses do que outra pessoa em anos. Tens-te tornado numa pessoa extremamente importante e já nem imagino estes dias sem ti. - as minhas maçãs do rosto ganharam uma tonalidade diferente e o jovem de dezanove anos acaricou a minha face. - Só te peço para irmos com calma, pode ser?

- Claro. Não te quero pressionar a nada. - sorri como agradecimento.

- E então, o que é que vamos fazer? Não tenciono ir já para casa.

- Podíamos ficar aqui a ver um filme. - o Jota propõe.

- Por mim tudo bem. - assenti e o jovem jogador da Luz ligou a televisão.

E assim ficamos a tarde toda, a ver - ou a tentar ver - vários filmes, já que a nossa concentração nos mesmos era nula. Estávamos mais entretidos em trocar carícias.

- Beni! - o moreno evocou.

- Sim? - olhei para ele.

- Sobre o exame de condução... - desviei o olhar. - Já marcaste a nova data? - suspirei.

- Já.

- Vai correr bem, vais ver.

- Espero que sim.

Senti um beijo ser depositado nos meus cabelos.

Acabámos por adormecer nos braços um do outro.

Posso dizer que os braços do benfiquista são um vício e seria capaz de ficar lá para sempre. Acho que estou a ficar dependente do Jota. Fazer alguma coisa sem ele, já não faz sentido.

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Olaaaa 🥰

Parece que as coisas entre eles já estão muito melhores. Admito que este capítulo não iria ser assim, eles ainda iriam estar chateados durante algum tempo mas, não consegui. Não quis ser mázinha 😂

Quatro mil visualizações, obrigada 🥺

Espero que tenham gostado e vemo-nos no próximo,

Rita 💕