𝕧𝕚𝕟𝕥𝕖 𝕖 𝕥𝕣𝕖𝕤

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19/08/2018
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domingo

Acordo de repente com a entrada de Miguel no meu quarto.

- Beni, acorda! - ele dirige-se à janela e abre a persiana.

Murmuro um "deixa-me dormir" e viro-me para o outro lado da cama.

- Anda lá, minha menina. Tens gente lá em baixo à tua espera. - o meu irmão retira o lençol que me estava a cobrir o corpo.

- Miguel, deixa-me!

- O Jota está lá em baixo à tua espera. - assim que ouço o nome do meu namorado, levanto-me e ouço as gargalhadas do Miguel.

Vou até ao meu armário e começo a observar as opções de roupa que tenho para vestir.

- Gostas mesmo dele, não gostas? - o mais velho dos quatro filhos Costa questiona.

Sorrio e sento-me ao seu lado, na minha cama.

- Sim. Ele é incrível.

- Há muito tempo que já não te via assim tão feliz. - o jovem de vinte e dois anos constata.

- É verdade... Mas o que importa agora é que eu estou muito feliz ao lado dele. Ele faz-me sentir tão bem. - encosto a minha cabeça ao seu ombro.

- Desde que ele não te faça nada de mal.

- Eu sei que não gostas muito dele mas... - o meu irmão interrompe-me.

- Estás a gozar? É verdade que não gosto muito da ideia de teres um namorado mas ele é porreiro. E se ele te faz feliz, eu só lhe tenho que agradecer. - olho para ele e abraço-o.

- És o melhor irmão do mundo. Não digas nada ao Bernardo. - ele gargalha e afastamo-nos.

- Vá, vai te vestir que o moço está lá em baixo à tua espera. - Miguel diz e sai do quarto.

Depois de tomar um banho rápido, para não fazer o Jota esperar ainda mais, e depois de estar vestida, desço as escadas e vejo o meu namorado sentado no sofá, envolvido numa alegre conversa entre os meus três irmãos e a minha mãe.

- Bom dia! - todos os olhares caem em mim.

- Bom dia, filha! - a minha mãe levanta-se, vem até mim e deixa um carinhoso beijo na minha testa.

- Vamos? - pergunto ao Jota e este logo assente.

Saímos da minha moradia e o atleta pára ao lado da sua viatura.

- E que tal seres tu a conduzir? - ele propõe e eu rio. - Para te ires habituando.

- Queres mesmo que eu conduza o teu carro? Se o carro fosse meu, eu não deixava. Nunca se sabe quando é que uma recém encartada vai contra uma árvore.

- Pois, pensando bem, é melhor não arriscar. - gargalhamos e entramos no seu veículo.

Rapidamente reconheci o caminho e percebi que o benfiquista me leva para a esplanada.

Minutos depois, o futebolista estacionou o seu moderno automóvel e saímos do mesmo.

O moreno envolveu o seu braço direito na minha cintura e caminhamos lado a lado até à "nossa" mesa que se encontrava disponível.

Entretanto fomos atendidos e os nossos pedidos já estavam na mesa.

- Sabes... Este foi o melhor verão de sempre. - contei.

- Ai sim? E porquê?

- Porque foi neste verão que eu te conheci. - sorri timidamente.

- Já que estamos numa de revelar coisas... Eu detestava domingos, mas tu conseguiste torná-los no melhor dia da semana.

DOMINGOS ; joão filipeOnde histórias criam vida. Descubra agora