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O sol é amarelo, a grama é verde, o céu é azul. Essas ideias são internalizadas em nós desde o primeiro contato com o mundo, com as palavras. Com as pessoas. E pode ser que em algum momento isso tenha feito parte de mim também, quero dizer, acho que cheguei a pintar o tronco de uma árvore de marrom e suas flores de rosa simplesmente porque era assim que eu via o mundo, como todos ao meu redor também viam.
Naquela época nunca me perguntei como as cores tinham o poder de representar sentimentos, porque elas, mesmo tão bonitas e berrantes, são isso: cores.
E mesmo nunca perguntando eu pintava o coração de vermelho já que representava o amor, e usava muito o amarelo quando precisava fazer algo feliz.
As cores sempre falavam comigo ainda que eu não soubesse sua língua.
Elas também me vinham em formatos diversos, desde a tinta gelada até a suave massinha de modelar, e era incrível como as cores podiam se limitar em uma forma e mesmo assim terem tanta personalidade.
Porém, agora, olhando para trás, me pergunto em que momento do caminho o azul, o roxo, o laranja, o verde, todas as minhas tonalidades, se tornaram cores neutras.
O arco-íris agora era preto, branco e nuances de cinza.
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cαвєlσѕ αrcσ-íríѕ
Teen FictionᏗᏰᏒᎧ os olhos e mais uma vez o céu está cinza, mas não é que esteja chovendo. Já faz alguns anos que todo o meu mundo é pintado apenas por cores neutras. Preto, branco e cinza. O círculo monocromático mais depressivo que você poderia enxergar. Tento...