What doesn't kill you makes you stronger

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oi amoras, como estão nesse sábado frio? ❄️
Peço perdão pela demora para publicar um novo capítulo, e gostaria de agradecer aos que me cobram, isso me faz terminar mais rápido e postar sem demora, então continuem!
Perdão por algum erro na escrita, e espero que gostem.

Beijinhos no coração. 💛🌻
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Pisei no freio bruscamente, não sabia onde tinha parado, se no meio da avenida ou em algum canteiro, mas a última coisa que eu gostaria que acontecesse agora, era um acidente. Tentei fazer a tática de contar até dez para a respiração voltar, as vezes funcionava. Quando eu era criança, Willa algumas vezes me trancava no armário, ela dizia que eu não era desejada na família, e que eu deveria ficar no escuro com os monstros e não na luz. Lembro perfeitamente da sensação de estar no escuro, sozinha e com medo. Eu estava sentindo algo semelhante, e dessa vez a Wynonna não estava lá para me ajudar. Era ela quem sempre me tirava no armário, brigava com Willa e quem me ensinou a contar até dez quando o medo viesse. Quase dois meses que ela viajou, e tudo isso tinha que acontecer exatamente sem ela aqui? O universo deveria estar querendo me ensinar alguma coisa. Sobressaltei no banco quando um carro buzinou desesperado atrás de mim, e só então me dei conta que estava parada no meio da avenida. Liguei o carro novamente e continuei dirigindo, eu não sabia o que fazer e então meu coração acendeu uma luz e eu sabia exatamente para onde ir.

A rua estava silenciosa, as casas ao redor com a maioria das luzes desligadas. Fiquei me perguntando o que acontecia dentro de cada uma delas, quais histórias elas tinham para me contar. A casa a minha frente tinha apenas uma pequena luz amarela acesa, que julguei ser do corredor, peguei meu celular e verifiquei a hora, quase duas da manhã. Tentei ligar pro celular, mas estava desligado. Lembrei que eu tinha seu número residencial, respirei fundo e disquei.

- Alô? - uma voz rouca atendeu a ligação. Engoli em seco.

- Desculpa ligar essa hora. Eu poderia falar com Nicole? - minha voz soou vazia, ausente.

- Quem é? - ele perguntou.

- É Waverly. Desculpa, Sr. Haught, eu só gostaria de falar com ela, se não for incomodar.

Ele parecia irritado.

- Só um minuto.

Abaixei a cabeça e descansei minha testa no volante.

- Alô? - a voz dela soou pastosa, e ela limpou a garganta - quem é?

- Sou eu.

- Waves? - a voz dela avivou - faz horas que estou ligando pra você! Onde você está?

Minha garganta estava seca. Dolorida. Me recostei no banco, sentindo às dores no meu corpo.

- Estou sentada em frente a sua casa. Preciso de você. - minha voz saiu tremida.

Uma cortina se abriu na janela do andar superior, do quarto dela.

- Já estou descendo - ela disse - não vá embora!

Eu ri, amarga, sem forças.

Alguns minutos depois, Nicole saiu pela porta da frente, com uma camisa dos raptors caindo na altura dos seus joelhos, sem nada nos pés. Ela correu pela calçada, e atravessou a rua o mais rápido que já vi. A mão dela fez um formato de concha, tentando enxergar o lado de dentro da janela que estava fechada, antes dela dar a volta e entrar pelo lado do passageiro.

- Waverly, amor. - ela disse abrindo a porta e sentando ao meu lado. Continuei olhando adiante. Cega. Entorpecida. Agradecendo que estava tudo escuro, e ela não podia ver meu rosto. - O que aconteceu? - ela perguntou.

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