O festival

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Oi meus docinhos de morango, como estão?
Mais uma vez espero que gostem desse novo capítulo e agradeço novamente pelos comentários, de todo meu coração.
E peço desculpas caso encontrem erros na escrita.

Um super beijinho no coração de vocês. 💛
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Quando cheguei em casa, Hetty estava no quarto, levando um esporro. O que será que ela tinha vindo fazer aqui? Me questionei.
Afinal de contas ela já esteve aqui no final de semana anterior. O que tinha acontecido com os finais de semanas alternados? No final da escada, ouvi Michelle gritar:

- Isso é um sacrilégio! E não vou tolerar isso na minha própria casa. Cresça, Hetty!

- Cresça você – Hetty gritou para Michelle. – Fica longe das minhas coisas. Para de se meter na minha vida, você não é minha mãe e nunca vai ser.

Tropecei no cesto de roupa suja de propósito.

- Espere ate seu pai saber disso. – Michelle disse baixando o tom de voz.

- Ele nem vai ligar, e você sabe muito bem disso. – Hetty retrucou.

Michelle saiu dando passos fortes pelo porão, com um olhar furioso.

- Ah, oi querida, não vi que tinha chegado. Como foi seu dia?

- Foi péssimo, tipo o seu. – falei em tom baixo esperando que ela não tivesse ouvido muito bem.

Desci as escadas dando a volta na divisória e indo para meu lado do quarto. Hetty falou:

- Maldita!

- O mesmo pra você. – respondi

- Não, não é você. É ela. – ela apontou em direção às escadas com o queixo.

Se encolheu na cama, colocou um travesseiro sobre o rosto e ficou em posição fetal.

Foi quando vi o motivo da explosão de Michelle bem no meio da cômoda de Hetty. Havia uma estátua de virgem Maria segurando nos braços um menino Jesus sem cabeça. Que horror!

Eu precisava pensar em alguma alternativa para sair de casa e evitar presenciar a guerra entre o anticristo e Michelle.

Me joguei na cama e meus pensamentos foram preenchidos por ela. Desde o momento em que ela tinha ido me procurar de manhã cedo na piscina até o exato momento em que pude ver em seus olhos a chateação por Champ ter me agarrado. Será que ela estava com ciúmes? Ela foi embora sem ao menos me deixar falar algo. Não que eu fosse me explicar, ou eu deveria? Minha cabeça estava confusa e com muitas interrogações. E eu não a vi depois do incidente no corredor. Levantei da cama rapidamente, guardando algumas coisas na mochila. Eu precisava ir atrás dela, eu queria perguntar o que estava acontecendo, se era coisa que minha cabeça estava criando ou se realmente existia algo ali. Droga, como eu ia saber se ela estava na delegacia? Eu não tinha o número dela, nem de nenhum amigo em comum, só tinha o número... ah, claro, Wynonna.
Resmunguei sentando na minha cama e pegando meu celular.

- Oi maninha – ela atendeu pouco tempo depois.

- Oi Nonna, tudo bem? Como que está ai no trabalho hoje? – falei rapidamente. E ela ficou em silêncio por um tempo.

- Você nunca me ligou pra saber como estava meu trabalho, quer enganar quem, Waves? – seu tom de voz parecia preocupado – O que houve?

- A Nicole está aí? – fechei os olhos com força, só esperando o questionário que estava por vir.

- Nicole, eim? – o tom sugestivo era claro em sua voz – ela não trabalha hoje, está de folga, aquela sortuda.

- Ah.. – acho que a decepção em minha voz foi tão nítida que Wynonna falou prontamente:

- Mas eu tenho o número dela, você quer?

- Quero! – falei rapidamente – quer dizer... não sei.

- Olha, você não precisa me contar o que está rolando, por mais que eu esteja me coçando pra saber, mas acho que você deveria sim pegar o número e falar com ela, babygirl.

Demorei alguns segundos processando a informação. Se eu ligasse, o que iria dizer? “Oi Nicole, sou eu a Waverly. Você gostaria de sair comigo?” isso não fazia sentido algum.

- Tá bom, me diz o número dela. – por fim decidi anotar em um papel, caso eu mudasse de ideia.

- Sabia que você não ia negar. - Wynonna disse por fim.

No andar de cima, encontrei Michelle sentada em cima do aparador da sala de jantar, separando contas dentro de uma pasta, e a tv da sala ligada em um talk show. Com a mão na fechadura, avisei a ela:

- Eu vou sair agora. Volto mais tarde.

Ela esticou o pescoço em volta da parede para olhar pra mim:

- Mais tarde? Pra onde você vai?

Abri a porta.

- Vou resolver algo sobre o conselho estudantil.

- Tenho certeza que não vai.

Right TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora