•Uma guerra entre terrenos e celestiais.
•Uma guerreira negra tentando ser rainha num mundo de brancos.
•Uma princesa abortada tentado encontrar respostas.
•Uma porção do amor infalível.
•Um dragão indomável.
•Deuses impetuosos.
•Outra princesa plan...
Lágrimas são melhor enxutas com nossas próprias mãos.
Provérbio africano
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Após o treino me deito exausta na grama. Fecho os olhos e sinto a fragrância das flores ao meu redor, de alguma maneira isso me acalma. - Parece que fui pisoteada por um elefante.- afirmo ainda de olhos fechados.
Ouço o general Baruc sentar ao meu lado. - Se acha que não vai conseguir mais alguns treinos é só parar, Princesa.
Balanço a cabeça. - Jamais. Preciso de minha liberdade.
-Liberdade? A caso há grilhões que a prendem? Não vejo cela nenhuma aqui.
Percebo ironia em sua voz. Abro nos olhos. -Apesar de estarmos na Colina, sinto-me presa com você vigiando a cada passo meu.
- Sinto muito, mas são ordens do rei.
- Não será por muito tempo.- levanto parte do corpo, apoiando-me pelos braços, uma pergunta surge em minha mente- qual seu poder?
Percebi que até agora não sei nada, ou quase nada a respeito de Baruc, nunca vi a manifestação de seu poder e por vezes esqueço-me que ele também é uma jovem rapaz.
- Tenho domínio sobre alguns animais e posso me camuflar facilmente.
Junto as sombrancelhas. - Camuflar?
-Sim, veja.-Baruc fica de pé e caminha até um salgueiro e encosta as costas no tronco grosso, aos poucos sua pele vai tomando o mesmo tom amadeirado da árvore, em seguida suas vestes, até que ele desaparece por completo.
Agora compreendi, assim como vários insetos e animais Baruc pode facilmente adaptar sua aparência com o ambiente tornando-se invisível. - Isso é formidável!
Ele torna a ficar visível e aceita o elogio com um sorriso encantador. E novamente me recordo do quão jovem é. E bonito.
- E será que não pode me impressionar com seus poderes?-ele indaga.
Em resposta coloco minha mão na relva e gradativamente a faço secar, o que era verde agora é apenas mato seco, novamente estabeleço vínculo com a natureza e faço da relva sem vida um pequeno jardim de gardênias.
- É fabuloso.- ele afirma pegando uma flor, como se para se certificar de que é verdadeira.
- Mas temo que isso seja não uma arma eficaz contra o perigo.- queixo-me.
- Ora, a natureza é poderosa e a flora igualmente, receio que esteja errada Princesa. Talvez se trabalharmos esse seu potencial teremos resultados surpreendentes.
Antes que eu possa fazer qualquer argumento, ouço um trotar, alguém deve estar se aproximando, meu coração dispara por um momento e logo se acalma quando percebo que é Aïcha em um cavalo.
