🌻 Lisie 🌻

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Lagom
Nem muito nem pouco.
Apenas o suficiente.

Reponho uma madeixa loira do meu cabelo para trás da orelha e seguro a flecha com firmeza

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Reponho uma madeixa loira do meu cabelo para trás da orelha e seguro a flecha com firmeza.
— Certo. Agora você coloca a flecha na corda e puxa com a mão direita.

O General Baruc  instrui ao meu lado.
Depois de ter posicionado a flecha na corda,  coloco os três primeiros dedos da mão direita na corda até no máximo a primeira juntura dos dedos.
Inspiro apreensiva, olho para o alvo que fica em uma árvore a uma curta distância, inspiro de novo levantando o arco e mantenho a mira no alvo, estico a corda até ela tocar a ponta do meu nariz e a minha mão toca o meu queixo.

— Calma! Seus pés estão muito próximos irão provocar um desequilíbrio do corpo na hora do disparo.– Baruc me avisa e eu abro mais as pernas.— E se estiverem muito abertas provocarão um cansaço na musculatura da perna provocando desconforto e consequente imprecisão do tiro.– ele adverte irritantemente outra vez.

Reviro os olhos e corrijo a postura.

— E agora senhor?– pergunto controlando a respiração temendo mexer-me.

Ouço uma risadinha dele.

Alinho a corda no arco e solto-a. A flecha é disparada com um som cortante, meus dedos doem devido a tensão, porém mantenho o arco erguido até a flecha acertar o alvo, e então relaxo o corpo inteiro  preparando-me para o próximo disparo.

—Espera, espera!– Baruc pede enquanto confere o tiro através da luneta para ver se acertei o alvo.

— Então...?– demonstro impaciência.

Ele continua fitando a árvore.
— Você errou o alvo.

Ele diz hesitante.
— Tudo bem, mas não precisa fazer essa cara. Tentarei novamente.
Digo erguendo o arco, mas sou impedida por Baruc.

— Não! Você errou o alvo mas acertou outra coisa.

— O quê?– junto as sombrancelhas.

Oh céus! Será que eu matei uma ave? Pobre pássaro! Sou uma assassina!

— Uma colmeia de abelhas.

—O QUÊ?– pergunto sobressaltada.– você não reparou na colméia ao colocar o alvo?

Baruc coça a cabeça sem jeito.
— Eu não prestei muita atenção.

Pego a luneta de sua mão pra ver a colméia, enquanto ele tagarela.
— Provavelmente elas nem notaram, quando vi estavam quietas, talvez seja uma colméia vazia...

— CORRE!!!!

Eu grito já correndo enquanto um exame de medonhas abelhas venenosas voam furiosas em nossa direção.

Baruc vem ao meu encalço dizendo que era pra nós pegarmos os cavalos só que agora não dá mais pra voltar.

— Você não pode fazer nada? Talvez falar com elas?– Baruc sugere ao meu lado.

Filha Do ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora