CAPÍTULO DEZESSETE

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Olha eu aqui de novo 😜

Bora pra sofrência?


AYLA

Desde que conheci Almir eu não havia parado para pensar e analisar tudo. Quando eu digo tudo falo pelo fato dele ser de descendência árabe. Sempre ouvi muitas histórias sobre esse povo, mas eu nunca procurei saber muito. Acho que as conversas que tenho tido com Jasmim tenho aprendido mais do que eu pudesse ter aprendido em qualquer livro, afinal ela vive tudo isso

Depois de Ibrahim ter me deixado sozinha na sala, permaneci por mais um tempo sem ter noção de quanto havia se passado. Eu precisava conversar com Almir sobre tudo o que a tal noiva dele me disse. Refletir de uma maneira lógica os fatos colocados a mesa. Não chorei em nenhum momento enquanto estava na sala. Mas foi somente entrar e trancar a porta do quarto que tudo veio abaixo. Minha guarda caiu ao chão. Meu ânimo que não estava bom, só piorou. Senti-me destroçada e incrivelmente burra, por não ter visto alguns sinais desde o início.

Fui até a cama e deitei, para logo em seguida escutar algumas batidas na porta, mas ignorei. Não queria ver ninguém ou falar com alguém que não fosse ele, na verdade nem sei se queria vê-lo no momento, a raiva estava falando alto dentro de mim agora. E nem sabia quando ele voltaria. Pensei que eu poderia pesquisar na internet. Mas eu estava tão cansada que acabei dormindo, e era noite quando eu acordei.

O último pensamento que tive antes de adormecer, me veio a mente, mas eu estava sem celular e pra isso eu teria que sair e ir até seu escritório acessar seu computador, para pesquisar qualquer coisa na internet.

Quando saí do quarto sem fazer barulho notei que tudo estava em total silêncio. Entrei e fechei a porta do escritório com cuidado. Quando sentei em sua cadeira senti um frio na barriga, como se o que eu estivesse fazendo era errado. Mas ele sabia tudo sobre mim, não sabia? E eu não havia falado nada para ele. Então sentindo coragem liguei o comutador. E quando a tela foi preenchida por uma foto, meu coração apertou como se alguém estivesse esmagando.

Era uma foto nossa, em um momento descontraído que estávamos no carro, e ele exibia um sorriso lindo. Um sorriso que eu quase nunca via em seu rosto. Fiquei perdida em pensamentos relembrando momentos assim. Quando voltei a mim, me dei conta que iria necessitar de uma senha para desbloquear a tela. E, eu não fazia ideia de qual seria. Nem sabia sua data de nascimento, ou qualquer outra informação sobre ele, fora o pouco que ele me falou. Mas nada parecia ser relevante no momento.

Me, sentindo totalmente ridícula por minha incapacidade de ao menos conseguir fazer uma simples pesquisa de merda. Levantei-me sentindo meus olhos arderem de raiva ou mágoa. Quando eu saia de seu escritório senti meu coração falhar uma batida ao me deparar com ele parado me observando.

Foram minutos, segundos ou milésimos de segundo que nossos olhares ficaram por um tempo, fixados um no outro. Eu via como sua respiração estava ofegante, seu peito subia e descia rápido de mais. Quando pensei em dizer algo ele falou primeiro.

— Ayla...

— Não! – falei quando a raiva crescia dentro de mim por me sentir tão humilhada e incapaz. – Se for para me enrolar como você fez esses dias, poupe seu precioso tempo acho que você pode ganhar mais alguns trocados com ele, já que disse ser bom em ganhar dinheiro.

— O que foi que ela te falou?

— O problema para você é esse não é? O que ela me falou! – falei mais alto do que queria. – O problema pra mim, é o que você NÃO me falou, Almir. – minha voz falha por um momento. – Ela é sua noiva? — pergunto em um tom mais baixo.

A Escolhida do Sheik Onde histórias criam vida. Descubra agora