A Escolhida do Sheik

CAPÍTULO 44

ALGUNS DIAS DEPOIS...

AYLA

Não sei por que estou nervosa, é um dia comum, como outro qualquer. O fato de hoje ser a celebração do nosso casamento não muda nada, já somos casados. Estou tentando mentir para mim mesma, claro que não é um dia como qualquer outro, é o meu casamento.

— Ai meu Deus. – esfrego o rosto sentindo comichão na minha barriga.

— Até que enfim ela acordou. – escuto Bel fala rindo ao meu lado. – Sabia que toda essa sua serenidade era falsa, eu te conheço. – ela segura em meus ombros e olho em seus olhos pelo reflexo do espelho. – Vem cá. – ela me vira para ficar de frente. – Vou te ensinar uma coisa, que é tiro e queda pra ansiedade.

— O que eu faço? – pergunto querendo saber o que preciso fazer para aliviar essa ansiedade.

— Grita!

— Que? –pergunto confusa.

— Gritar assim. – quando ela vai gritar eu tapo sua boca.

— Eu sei o que é gritar. – me afasto.

— Então grita caramba AAAAAAA... – ela grita e para. – Agora sua vez. – começo a rir da cara que ela faz. – Vai Ayla grita! – respiro fundo puxando ar para meus pulmões.

— AAAAAAAA... – grito tapando minha boca logo em seguida. – Sua doida! – falo rindo.

— Mas resolve não resolve? – paro de rir e a encaro concordando. – Vamos de novo, no três. – ela levanta a mão indicando um, dois quando chega no três, gritamos juntas.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA... – seguramos uma na outra para não cair de tanto que estamos rindo. A porta é aberta num supetão, mas nem isso faz com que paremos de rir.

— O que aconteceu? – Almir se aproxima e vejo que está preocupado. – Ayla? — ele vem até mim e segura em meu rosto, mas não consigo parar de rir.

— Nada disso fora daqui. – Bel segura nos braços dele e começa o afastar de mim.

— Estou bem. – falo a ele e o beijo, o tranquilizando.

— Fala sério. – somos separados. – Não pense que só porque será meu futuro chefe que vou dar mole pra você. – ele não sabe se olha para mim ou pra ela. – Fora! – Jasmim entra com uma cesta cheia de coisas e não acredita no que vê.

— Eu estou bem. – falo mais uma vez desta vez um pouco mais calma. – Só estou colocando para fora um pouco do stress. – me encarando ele sorri.

— Credo você é um muro de concreto. – Bel reclama por não ter conseguido colocar ele para fora. – Não precisa se preocupar ela está comigo. – agora ele a encara sério levantando uma de suas sobrancelhas, como se dissesse, tem certeza? — Assim você me ofende, anda fora, você não pode ficar aqui se não vai estragar tudo.

— Eu vou. – mas antes de sair ele vem até mim e me beija. Gemi baixinho enquanto movia meus lábios junto com os dele, nos conectando e me acalmando como ninguém e nada seria capaz de fazer. Ele se afasta afagando meu rosto com delicadeza. – Está melhor?

— Completamente!

— Então quando esse stress voltar me chame, eu resolvo com o maior prazer. – então ele se afasta fazendo um sinal de continência para Bel que está com a cara amarrada. – Não leve pro lado pessoal Izabel, mas tem coisas que você não é capaz de fazer. – então ele sai fechando a porta. Encaro duas pessoinhas que não sabem o que fazer. Bel revira os olhos, Jasmim está pior que um pimentão de tão vermelha.