CAPÍTULO VINTE SEIS

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Boa leitura.


AYLA

Despedida, seja ela qual for sempre é dolorosa. Despedir-me dos meus pais não poderia ter sido diferente, mas havia sim uma diferença desta vez. Diferente de quando fui para Madrid, sem saber o que me esperava, e o que seria de mim depois de estar lá, agora eu sabia muito bem para onde estava indo e com quem estava indo.

Bom isso pelo menos eu achava que sabia, antes do tal telefonema.

Logo que entramos no jato e estávamos nos acomodando Almir recebeu uma ligação que o deixou muito nervoso. Ele conversou por alguns minutos com um, tal de "Omar" e fez outras ligações, logo em seguida, e posso dizer que não foi nada amistosa essa conversa.

Depois eu escutei e entendi a conversa dele com o piloto, pedindo que preparasse um plano de vôo para Dubai assim que pousássemos em Madrid. Tenho algumas dúvidas sobre essa viagem, que irei tirar no momento adequado, uma coisa que tenho aprendido com ele, pra tudo tem o tempo certo, até mesmo para uma pergunta, se pra Dubai ou Madrid, com ele eu iria.

Depois que o avião decolou, eu fui me acomodar na cabine, ando meio cansada ultimamente com essas viagens repentinas e os fuso horário uma hora iria cobrar seu preço. Como ele estava resolvendo algumas coisas em seu notebook, visivelmente nervoso, eu não quis atrapalhar. Deitada na cama divaguei sobre os últimos acontecimentos, prisão do Bruno, a compra do hotel, cheguei a conclusão que mesmo que ele tenha pessoas que resolvam tudo em tão poucas horas, como as que passamos no Brasil, sua carga de responsabilidade é grande, afinal tudo passa por ele. Não deve ser fácil administrar o que ele possui. Acabo rindo desse meu pensamento. Eu não faço ideia do que ele possui, mas imagino ser muito.

Procuro algo na TV para assistir, passo diversos filmes e acabo achando um que eu amo, sempre gostei de assistir com minha mãe quando passava na sessão da tarde. Minha mãe sempre teve uma quedinha pelo Richard Gere e eu sempre achei a Júlia Roberts simplesmente linda.

A porta da cabina é aberta e Almir entra com sua pasta deixando tudo em cima da mesa. Ele tira celular do bolso e coloca ao lado da pasta. Senta-se de maneira brusca na poltrona, passando as mãos nos cabelos.

— Conseguiu resolver seja lá o que for? – pergunto, me ajeitando no travesseiro. Ele me olha com um sorriso fraco.

— Não, mas irei assim que chegar em Dubai! – começa tirar os sapatos.

— Eu acredito que vai. – falo sorrindo.

Ele tira a gravata e começa abrir a camisa, isso faz com que meu foco saia da TV, e começo a observar ele enquanto tira as roupas, sempre será mais interessante e excitante do que qualquer outra coisa. Tenho uma ideia.

— Deita aqui com a cabeça para os pés da cama. – sento-me na cama tirando minha blusa ficando somente de sutiã. Ele me olha com uma das sobrancelhas levantada. – Relaxa só vou fazer uma massagem em você enquanto assisto ao filme. Ele olha para a TV e vem deitar, mas ele deita de barriga para cima e me olha sorrindo. Reviro meus olhos.

— Assim não! – o forço a virar de bruços. – Assim!

— Assim não tem graça, não posso pegar em você. – reclama. Abaixo em seu ouvido e falo baixinho.

— Não é para me pegar mocinho, eu vou fazer uma massagem vou cuidar de você. – mordo o lóbulo de sua orelha, o que causa um arrepio no local. – Como você cuidou de mim aquela vez, fazendo massagem e me relaxando. – sento em suas pernas. – Fica ai quietinho e aproveita.

A Escolhida do Sheik Onde histórias criam vida. Descubra agora