CAPÍTULO VINTE CINCO

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Linda,
Só você me fascina
Te desejo muito além do prazer
Vista meu futuro em teu corpo
E me ama como eu amo você...

Linda Demais/ Roupa Nova

ALMIR FARUK

Ele me olha com desespero, bem diferente do homem seguro que entrou minutos atrás.

— Não estou entendendo? – ele fala, olhando agora para Zayed, esperando a próxima pancada.

— Claro que você entendeu, você é um cara esperto. – cruzo meus braços. Ele tenta se levantar, mas é impedido por Zayed que bate no seu ombro para continuar onde está.

— Não sei o que ela te falou...

— Não foi o que ela que me falou que me preocupa, Bruno. – desço minha perna da mesa e começo a andar a sua volta. – E sim o que você me falou dela ontem, lembra? – o encaro. – Estou esperando você me explicar melhor, o que a "vadia" da minha noiva fez.

— Podemos resolver isso de outra maneira, se eu explicar... – ele começa a falar. Mas em ouvir sua voz asquerosa tentando justificar suas atitudes, me tira do sério. Antes que eu me dou conta, acerto um soco em seu queixo.

— Você ainda vai tentar se justificar pelo que fez? – ele passa a mão no local, limpando o sangue que começa a escorrer. – É isso mesmo? Você acredita que existe alguma justificativa pra agredir uma mulher?

— Você não a conhece... – o impeço de terminar a frase. Acerto outro soco.

— Tenho que reconhecer algo em você Bruno. – tiro o paletó e solto a gravata por causa do calor causado pela adrenalina. – Você é corajoso!

— Eu já disse que me arrependo, o que mais você quer ouvir? – ele cospe um pouco do sangue.

— Quero ouvir a verdade de você, assim talvez eu mude algo no que eu penso em fazer, como te disse ontem temos que ser responsáveis pelos nossos atos. – volto e me encosto na beirada da mesa. – Quero ouvir de você o que você fez com ela aqui. – faço um circulo no ar como dedo. – Foi nesse escritório não foi? – Zayed o puxa pelas roupas o fazendo sentar-se em uma cadeira. – Comece!

Com certo receio ele conta o que fez a Ayla no dia em que ele forjou um roubo e colocou a culpa nela. Escutei tudo sem expressar nenhuma reação, o que o deixava mais nervoso e gago em alguns pontos. Como quando bateu nela por ela se recusar a transar com ele. Respirei fundo fechando meus olhos, mas era necessário que ele falasse.

— Eu peço desculpas pelo que fiz, gostaria de falar com a Ayla... – desencosto da mesa em um impulso e o seguro pela gravata, puxando ao ponto de deixá-lo sem ar para respirar.

— Nunca mais pronuncie o nome dela. – me afasto olhando para Zayed que acerta um soco em seu estomago. – Entendeu? Não pronuncie seu nome, não pense mais nela, esqueça que ela existiu um dia! – falo.

— Você não pode me matar, sou conhecido posso não ter o dinheiro que você tem, mas não sou um zé ninguém. – ele resmunga quando recupera o ar.

— Matar? E quem disse que quero te matar? Isso seria muito fácil para mim... Para você, você merece algo melhor que a morte. – chego perto dele. – Pelo que eu soube aqui as cadeias tem um excelente tratamento para quem abusa de mulheres. – dou risada vendo seu espanto. – Acho que você vai gostar!

— Não te entendo, não quer que eu fale o nome dela, mas vai fazer com que ela faça uma denuncia contra mim e teremos que ficar frente a frente. – ele tenta mostrar alguma confiança enquanto tira um lenço do bolso e limpa a boca. – Não tem como eu ser preso por isso se não houver uma denuncia! – sorrio ao ouvir suas palavras.

A Escolhida do Sheik Onde histórias criam vida. Descubra agora