Capítulo Sete

22K 2.1K 312
                                    


AYLA

Assim que o avião pousa, eu sinto um frio diferente na barriga. O fato de estar em um país, com costumes diferentes e tão severos começam a ter o seu peso, sinto minhas mãos suarem, meu estomago começa a embrulhar. Olho para Almir, sentindo um aperto no peito algo que não sei explicar, mas dói me deixando até mesmo com falta de ar. Seus olhos encontram os meus, ele segura uma de minhas mãos depositando um beijo nela.

— O que foi minha cara? — o fato de segurar minha mão, me dá um conforto. — Que preocupação é essa que vejo em seus euyun?

— Que? – pergunto não entendendo a palavra que usou, ele sorri.

— Euyun. Olhos, vejo uma preocupação passando por eles. – respiro fundo, pensando em tudo, ele é a única pessoa que conheço.

— Estou insegura, quando Jasmim estava me explicando, parecia ser mais fácil... Agora estando aqui, estou com medo. — confesso o que estou sentindo.

— Insegurança, pode e deve ser sentida, afinal é algo totalmente diferente par você. —ele fica de pé a minha frente, me puxa pela mão, unindo nossos corpos. — Agora medo, não! Não, estando comigo. — suas palavras me deixam mais calma.

— Falando assim me sinto protegida. — seguimos para a saída do avião sentindo sua mão na base de minhas costas.

— Sempre minha eaziz! — olho para ele novamente sem compreender essas palavras que ele está usando. — Minha querida. — ele explica.

— Teria sido interessante além da comida, você ter me dado algumas aulas de línguas. – me flagro quando percebo que o que falei tem outro sentido. — Na sua língua. – falo tentando me corrigir, mas eu acho que piora, por que seu sorriso aumenta. — Ah você entendeu! — falo sem mais explicações, sua risada é algo reconfortante diante do meu medo. Me, acalma.

— Pode ter certeza que faremos muito mais hoje Ayla, além de usar as línguas. —assim que saio sinto o vento e o frio da noite, não sei se o que me arrepia é isso ou suas palavras. Olho para ele assim que descemos a escada, procuro buscar alguma confirmação de que ouvi certo. Mas a única coisa que ganho é uma piscada.

Entro no carro em situação pior do que eu estava, mas agora meu medo não está mais concentrado no jantar e sim no que está por vir depois dele. Suas palavras foram claras, ou sou eu que já estou relacionando tudo a sexo? Bel tem razão ao dizer que eu preciso espairecer, só não sei se seria uma boa ideia.

Ele conversa com Jamal em seu idioma, enquanto eu aproveito para admirá-lo mais um pouco. Ele está absurdamente lindo nessas roupas. Seu semblante está sempre sério, suas expressões também estão sempre duras. Tirando as poucas vezes que eu pude vê-lo sorrir, ele está sempre fechado, eu até poderia dizer que não é feliz. Olho tudo a minha volta, e me surpreendo com a luminosidade da cidade.

— Lindo não é mesmo? – sem olhar para ele eu concordo.

— Nossa muito!

— Você poderá ver melhor do hotel onde ficaremos. — olho para ele, querendo perguntar, mas fico na dúvida se devo. Ficaremos em um hotel, mas ele não tem uma casa aqui? Vejo que nos aproximamos de um grande hotel, o qual eu já vi muitas fotos dele pela internet.

— Ficaremos naquele hotel?

— Sim, Burj Al Arab, um dos hotéis sete estrelas que temos aqui, mas como o jantar será nele achei mais cômodo nos hospedarmos nele. — meu Deus eu com certeza não consigo esconder minha cara de deslumbre com tudo.

A Escolhida do Sheik Onde histórias criam vida. Descubra agora