"A Magia do Carvalho" > Lindy

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 -Linda caminhonete. Não pensei que a Ford faria o seu estilo. No entanto elas são fortes e muito resistentes. Uma ótima aquisição para quem pretende trabalhar no campo. – Eu digo com um pouco do que aprendi sobre caminhonetes com meu pai. Ele é fã da FORD.

-É isso mesmo. Impressionante como é fácil falar com você sobre isso. – ele me diz ligando a caminhonete e logo entramos no trânsito deslizando pelas belas ruas de Londres.

-Eu realmente estive bem inclinada a seguir carreira de projetista. Meus desenhos até que são bons. E como sempre fui fascinada por esse ramo automobilístico, isso me seguiu por um tempo. Mas sabe meus colegas e as meninas da minha escola me achavam estranha meio Nerd, um tanto masculina. Eu era mais do tipo isolada mesmo. Poucos amigos. Gostava muito de química, desenho, artes, fiquei um bom tempo indecisa em qual carreira seguir. Os meninos eram mais meus amigos do que se aproximavam de mim para paquerar. Depois da minha formatura no colégio isso mudou um pouco.

-Sei, inteligente mas não diria que seu estilo hoje seria totalmente Nerd. Concorda? - Ele me disse olhando-me por inteiro. Nós saímos do centro de Londres e fomos nos afastando por ruas e estradinhas secundárias. Eu fiquei tensa. Para onde ele estaria me levando?

-Sim, com certeza o curso básico de maquiagem das meninas na universidade faz milagres! Não só um pouco – eu brinco é tão fácil falar com ele e cá entre nós sai naturalmente. Ponto para o Sr. Finlay -  Mas estilos sempre podem ser alterados. Eu comecei a me interessar um pouquinho por moda na universidade eu tinha uma colega de quarto que cursava moda e me usava como modelo para suas experiências. Tomei um certo gosto pela coisa. Mas não gosto de exageros.

-Eu gosto do seu estilo. Casual sexy. Espontâneo. Aliás tudo em você me deixa louco de curiosidade. Eu disse que te quero.

-Você e sua sinceridade abusiva. Já conversamos sobre isso. Só vamos aproveitar a noite por um momento ok. Apenas isso. – Eu digo e mesmo assim coro novamente. Ele não desisti nunca. Ah ele me quer é tão bom ouvir isso. Mas não. Não podemos.

-Ok. Chegamos. Olha esta vista! - Ele desliga a caminhonete. Nós descemos. E olhamos um pouco para baixo as luzes majestosas de Londres. Olho ao redor e vejo Luminárias de chão se estendendo por um longo caminho. Até chegar a frente de uma casa grande feita de pedras devidamente rústicas. Realmente estou na Europa. Ela mais parece cenário de filmes. Linda.

-Quem mora aqui? Não me diga que somos intrusos, menino levado!

-Seria tentador. Mas não é aqui que meu pai mora. Ele não está como você bem sabe foi resolver alguns problemas na Espanha. Mas aqui é um pequeno rancho onde meu pai mora e aos domingos nos reunimos aqui para ficar com ele. E aqui neste banco embaixo desse Carvalho é o lugar onde realmente a maioria de minhas canções nascem. Pensei que você gostaria de vê-lo afinal diz respeito ao seu sobrenome. Eu sei não dá para ver muito por que estamos aqui no meio da noite. Mas prometo trazê-la aqui durante o dia. A vista de Londres compensa todo o passeio não é?

-Oh é lindo! Com certeza compensa. – Eu digo observando o belo e imponente carvalho mesmo com as poucas luzes da caminhonete. Me viro para a vista de Londres. Simplesmente de tirar o fôlego!

- Vamos venha sente-se aqui comigo. – ele diz e me pega pela mão. Eu vou e sento ao seu lado. A brisa está um pouco fria no momento e ele me oferece o seu blazer eu aceito. E ficamos apreciando a vista. Ele passa seus braços sobre os meus ombros e com sua outra mão fica brincando com o meu cabelo. Ele realmente gosta muito disso.

A Garota de Londres - Série Garotas do Brasil - Livro 1  [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora