Capítulo 41 🌙 Partida{Penúltimo} Parte 2

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Nota inicial: Continuando....

Boa leitura ♥

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Parte II

Aranel e seu povo chegou aos Portos Cinzentos no começo de uma manhã de inverno. As águas do oceano fremiam, cinzentas, enquanto cintilavam sob a luz fria do sol. Havia alabardas e bandeiras cinza-escuras tremulando nas ameias das torres de vigilância, o calçamento de pedras brancas sinuavam a trilha desde as florestas mais ao oriente, de onde Aranel, e todos os elfos de seu reino, saíram depois de dois meses de atravessia pela Terra-média em direção ao Portos.

Estatutas e pérgolas se erguiam acima das calçadas e praças de pedras azuis acinzentadas, que assentavam o chão. O sol brilhava friamente acima dos Salões que Círdan possuía, e lançavam raios mornos nas pilastras branco-neve da estrutura. Havia uma cúpula perolada acima do salão maior e lá de cima, Aranel viu, Círdan sorria para seus convidados e acenava, vestido em gloriosos mantos cor de cobre. Seus cabelos cor de areia caiam livres pelos ombros, e seus olhos verdes estavam brilhantes.

Nel desceu de seu cavalo branco e colocou Ariela no chão. Não demorou muito para que a pequena elfa, e todos os seus irmãos, corressem na direção do cais de pedras brancas que se estendia além-costa. Havia três caravelas brancas brilhando na água - mastros resplandecentes, velas recolhidas e casco lustroso era algo em comum nas três. Seus poderosos olhos aguçados conseguiram ler o emblema em cada uma das caravelas - Mithrir, Valandhir, e Dahir.

Os sete pequenos filhos de Aranel corriam uns atrás dos outros no cais, entre os elfos e guardas dos Portos. Brincavam, sorriam e Nel não conseguiu esconder a alegria de vê-los tão unidos. Ariela, a menor, foi pega no colo pela irmã mais velha, Arin, e as duas corriam atrás dos irmãos mais velhos. Shafrine e Dafne se aproximaram para vigiá-los.

Os elfos da Floresta Branca foram recebidos por Odehron, capitão dos Portos, e seguiam rumo aos salões para se alimentarem antes de começar a viagem até Aman.

Círdan desceu os degraus das escadarias até Aranel e Legolas, no pátio abaixo. Ao seu lado também estavam Aëden e Laura, usando os inconfundiveis mantos cinzentos das terras do sul.

- Almarë. Saudações. - cumprimentou Círdan, levantando palma da mão. - É sempre bom revê-los, meus reis.

Aranel sorriu e fez uma mesura para o elfo em sua frente. E depois olhou para os parentes.

- Digo o mesmo, Senhor Círdan. - ela se virou para o tio. - Como foi a viagem?

Aëden estalou os lábios. Seus olhos azuis brilhavam acima do manto grosso.

- Cinco semanas de viagem até aqui, com atraso de duas semanas por conta de uma nevasca inesperada que pegamos ao atravessar as Montanhas. - disse-lhe o bom príncipe. - Nada de alarte, minha sobrinha. E minha rainha.

Nel sorriu.

Legolas se aproximou da irmã e tocou em seu ombro.

- Quando poderemos partir, meu senhor? - questionou ele ao elfo Círdan.

Os olhos verdes dele cintilaram como pedras de esmeraldas. - Amanhã pela manhã. - anunciou e se virou para Aranel - Espero que não estejam com pressa.

Ela olhou para as crianças correndo e gargalhando, e sorriu para Círdan.

- Apressio ficar aqui, meu bom Senhor - disse-lhe - Pela manhã está ótimo.

O elfo sorriu e se dirigiu de volta para os salões.

🌙

Mais tarde naquela noite, enquanto vários elfos se banqueteavam nos salões de Cídan, Aranel e Legolas foram conversar com o rei Caos, que havia chegado naquela tarde, no patio perto do mirante. A lua crescente refulgia ao lado das estrelas e as águas calmas e quentes do mar, chocavam-se contra as pedras a cinquenta metros abaixo deles.

Lua de Cristal - Ela é do Príncipe - Vol.3 - CONCUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora