Capítulo 42🌙 Para Sempre

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Nota inicial: Último!!!!AI MEU CORAÇÃO!!!!!

Boa leitura ♥

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E Valinor foi abençoada, pois os Imortais ali moravam; e ali nada desbotava, nem murchava; não havia mácula alguma em flor ou folha naquela terra; nem nenhuma decomposição ou enfermidade em coisa alguma que fosse viva; pois as próprias pedras e águas eram abençoadas.
– O Silmarillion,
de J. R. R. Tolkien (1917)

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Parte I

Aranel não sabia quanto tempo havia ficado no mar, mas sabia que as terras que contornavam o horizonte, eram Valinor.

O horizonte foi se transformando em uma cadeia de montanhas que ao longe brilhava sob a luz quente do sol, sinuosos e altos, em ambos os lados do extremo horizonte. Havia montanhas brancas cintilando ao norte, e ali, sob um alto cume enegrecido, uma torre branca erguia-se através das rochas. Ela cintilava na luz e era tão alta que seu topo estava encoberto por nuvens finas e aveludadas. As florestas densas balançavam na brisa agradável do dia, as folhas farfalhavam em tons de esmeralda e vermelho-alaranjadas. A água era cristalina, verde-azulada, e estava tranquila como se fosse um rio. Perto das montanhas, porém, elas batiam violentamente contra as encostas íngremes e negras. A praia era larga e comprida, e a areia brilhava como se fosse neve ao sol. Havia casarões e palacetes distribuídos ao longo da costas – telhados vermelhos e azuis, que luziam como safiras e rubis, o Porto era muito parecido com os Portos Cinzentos da Terra-média, mas este Porto era dourado, enfeitado com alabardas, lanças, espadas e bandeiras trêmulas à brisa. Cintilante como ouro ao sol, e havia esculturas de mármore de elfos armados com armaduras e elmos. Os casarões e palacetes eram robustos, com portas de madeira ou vidro, janelas de aço e ferro. Pontilhava luz de seus arabescos, tijolos de ouro e prata, e azulejos azuis e branco tão bem trabalhados que fazia o maior e mais suntuoso palácio dos homens parecer uma casinha de palha. No topo das torres maiores balançavam bandeiras com cores diferentes.

Aranel sorriu ao ver que o navio chegava mais e mais perto de porto. Seus olhos foram até os céus onde a Estrela de Eärendil ainda brilhava – mesmo de dia – e viu seus raios prateados cortarem o horizonte até o extremo sul. Ela era ainda mais bonita do que nas histórias e canções.

Havia uma movimentação nos portos. Vários elfos se aproximavam para ver a chegada de mais três barcos à Terras ao Oeste.

Elfos vestindo branco e dourado, prata e marfim. Elfos com cabelos louros cinzentos, olhos brilhantes e faces imaculadas. Elfos com cabelos negros e castanhos, e sorriso fácil no rosto, diferente dos Mais Velhos, que eram mais sérios e contidos – sábios.

O capitão Faramir deu as ordens e os três navios ancoraram no porto, balançando as águas tranquilas daquela manhã. As cordas foram arremessadas para os elfos no cais, que pegaram para amarrar. As âncoras mergulharam nas águas cintilantes da baía, fazendo um leve som de “ploc”. As tábuas foram colocadas e os elfos começaram a desembarcar.

Aranel e Legolas, e as crianças, desceram do navio e foram recebidos por Elrond, que usava um manto fino de ouro. Seus cabelos castanhos caíam livres pelas costas. Laura o abraçou com força. Então, Celebrian, usando um belo vestido branco, se aproximou e os cumprimentou também.

— Fizeram boa viagem? — perguntou Elrond, depois que todos já tinham se cumprimentado.

— A melhor da minha vida! — exclamou Gimli, levantando as mãos.

Os elfos sorriram. Aranel se aproximou de Elrond e abaixou a voz.

— Eles chegaram em segurança? — perguntou-lhe.

Lua de Cristal - Ela é do Príncipe - Vol.3 - CONCUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora