Enfim, Liberdade.

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Finalmente hoje fui liberada para ir para a casa, eu estava nervosa, feliz, as reuniões do Grupo de apoio iriam prosseguir,mas pelo menos, eu estava liberada finalmente para retornar.

Era um momento único para mim, a sensação de alívio e que a minha vida finalmente estava começando, não aqui trancada nesse hospital, mas livre para fazer aquilo que eu sempre quis quando cheguei aqui : Ser independente.

-Parece que a minha paciente favorita vai embora, é isso mesmo? - falou o Doutor dando risada.

-É, duvido que o Sr encontre uma paciente tão carismática como eu. - falei brincando com ele e ele sorriu.

-Vê se não some hein?!,e não se esqueça do grupo de apoio! - falou ele me cobrando.

-Não vou me esquecer! Eu prometo. - falei e por puro impulso acabei abraçando o Doutor e ele surpreso devolveu o abraço meio desconcertado, até porque, eu dei um abraço desajeitado nela.

-Sra Cooper por favor, cuide bem dessa menina. Ela vai dar um certo trabalho agora. - falou o Doutor, que logo me soltou.

-Ah qual é! - falei colocando a mão na cintura.

-Pode deixar, e por favor, me chame de Katy, Katy Cooper. Acho que já temos intimidade o suficiente não é? E pode deixar, eu tomo conta dessa menina. -falou minha mãe brincando, colocando a mão no meu pescoço e me puxando.

-Ótimo. Ótimo Sra Katy. -Falou o Doutor sorrindo.

-Liv, está pronta? - falou minha mãe.

Assenti confirmando, finalmente eu estava saindo, nem acredito, nem acredito!. Finalmente livre de estar aqui, finalmente vou poder voltar para casa, meu pai estaria tão orgulhoso de mim. O que aconteceu com ele? Bem, na verdade, o meu pai foi um grande militar do exército, ele fez um grande papel para a sociedade e Estado, mas morreu em batalha, foi um grande homem, e desde então, minha mãe ficou sozinha, e me criou só também,com muito aparo e cuidado,mas também, com muita dificuldade e luta, minha mãe consegui me sustentar, e até guardou o dinheiro para pagar a minha faculdade,o dinheiro que o meu pai deixou, mas ela guardou.

Tudo isso, me torna grata pela moça que sou hoje,cada esforço, cada suor que minha mãe soou por mim, e até mesmo o meu pai, que batalhou em cada guerra trazendo a vitória, mas hoje, sou uma moça crescida, com detalhes pequenos,eu simplesmente não vejo, mas sinto, acredito, sei, e era isso que me motivava a prosseguir.

Respirei fundo, senti a porta do meu quarto do hospital se abrir, e eu pude sentir o vento frio corredor que corria todos os dias,segurei no braço da minha mãe, e ela foi me conduzindo até o elevador, onde pude ouvir o barulho dele chegando próximo de mim,tudo era realmente muito intenso, o meu coração não parou de bater desde o momento que acordei, e só o fato de conseguir caminhar e poder trocar de roupa era maravilhoso.

-vamos no banheiro antes né? - Perguntei, para a minha mãe.

-Claro filha, claro. Você precisa se trocar. - ela eu batidinhas na minha mão.

Ufa!

Ainda bem que ela lembrou!

Tomara que seja uma roupa bonitinha pelo menos.

Entramos no elevador,ouvi o barulho da minha mãe tocando no andar indicado, senti a porta se fechar, e ficamos esperando o elevador nos levar para o andar desejado. Foi então que com um toque de sino, senti a porta se abrir, e a corrente fria veio ao meu encontro, mas eu mesma não estava ligando para aquilo.

-Filha o banheiro está logo na sua frente. -falou minha mãe segurando o meu braço.

-Está bem mãe. -sorri imaginando como seria o banheiro do hospital.

Conquistando o InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora