Nem sempre estamos preparados para o que vamos enfrentar, às vezes, as coisas acontecem de repente, e somos obrigados a reagir. Passou uma semana desde a minha alta, e até então, ainda não parei para refletir, e eu espero que você me ajude,estou contando a minha história, e não apenas contando, mas, estou refletindo.
Há alguns meses atrás, eu estava decidida que o meu vestido de noiva seria o mais caro e mais brilhoso do Ateliê aqui de Nova York, e depois de decidir, eu me lembro de ir para casa imaginando a reação do Jake ao ver meu vestido na cerimônia, engraçado né?, Nem sempre estamos preparados para o novo da vida,nem sempre estamos prontos para aquilo que ela tem de espetacular.
Estar cega nesse exato momento, me obriga a olhar para dentro de mim, e enxergar aquilo que eu preciso fazer e ser. Ser cega, me obrigada a estar grata não somente por tudo que tenho,mas também, pela minha cegueira. E aí você, lendo essas palavras deve se imaginar: Como alguém pode agradecer por algo tão desastroso, e eu te respondo: Como? Eu não sei. Mas eu sei que, se estou cega hoje é porque tem alguma razão.
"TOC...TOC…..TOC "
Houve uma batida na porta.
-Sim? Pois não? - Falei ouvindo a respiração da minha mãe do outro lado.
-Liv, o almoço está pronto. Venha comer. - Disse minha mãe com calma.
-já estou indo mãe, só mais algum minuto. - falei, e eu virei para a direção da porta.
Ser cega por vezes, vai me impedir de fazer alguma coisa, ou então, vai me colocar medo, receio, insegurança, mas, andei pensando ultimamente que eu precisava reagir,no grupo de apoio me ensinaram que reagir é o segredo, mesmo com medo, mesmo com receio, mesmo não acreditando, prosseguir era a única forma de conquistar o infinito.
Levantei da cadeira, e fui tateando até a porta, senti a presença da luz que vinha da porta, e fui caminhando firme até a cozinha.
-Liv você lavou as mãos? Vou te ajudar. Pera aí. - falou minha mãe meia apressada, e ouvi o som dos talheres batendo na mesa.
-Mãe, está tudo bem, acho que posso encontrar o banheiro não é mesmo? - falei brincando.
-Nao, claro que não. Mas filha, você precisa de ajuda, e a mãe está aqui para isso. - falou ela com tranquilidade.
-Mãe, eu tenho 26 anos,acho que dá pra me virar. -Dei uma risada meia nervosa.
-Eu sei quantos anos você tem Olívia, mas, no momento, você precisa de ajuda. - falou minha mãe meia séria.
-mas mãe…. - abri a boca pra falar mas minha mãe me interrompeu.
-Olivia, eu sou a sua mãe. E eu vou te ajudar. Não precisa ser teimosa. Agora,estica a mão. -Eu estiquei, mas então, puxei a mão e eu pude sentir a respiração nervosa da minha mãe procurando manter a calma.
-Mãe! Você precisa entender que eu preciso me virar. Eu não tenho mais 5 anos de idade, e eu preciso tentar. Será que a Sra conseguiu compreender? - falei séria com ela e eu não podia sentir a minha mãe, mas sabia que ela estava brava por estar sendo contrariada.
-Olivia, você sabe muito bem da sua situação, como vai poder fazer sendo que não enxerga? Olívia, não é duvidando de você, e do seu potencial, mas você precisa de ajuda. Então, deixa eu te ajudar! - falou ela e pegou minha mão, ligou a torneira e colocou minha mão na água, e me deu o sabão logo em seguida.
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Conquistando o Infinito
RomanceOlívia Cooper é uma sobrevivente, sofreu um acidente, e agora, tendo que zerar a vida e recomeçar,não faz idéia da força que ela tem. Com muito esforço e dedicação e superação Olívia procura um modo de superar as dificuldades, e mal sabe ela que o a...