Elena
Quando acordo no outro dia, eu me lembro de tudo o que aconteceu na noite anterior, eu corro os olhos pelo quarto mas não vejo Marco ele entra segundo depois com uma bandeja em mãos e se senta ao meu lado, estou vestindo apenas a sua camisa sem mais nada por baixo, ele está apenas com uma calça preta descalço e sem camisa, ele me entrega a bandeja e quando abro tem leite, queijo, torrada, geleia de chocolate e bolo. Eu começo a comer e percebo que Marco está com o olhar fixo em mim.
- O que foi?
- Eu te machuquei?
- O que? Não!
Ele caminha até mim e se senta pegando uma torrada, colocando bem devagar e mordendo meu celular apita e vejo que é uma mensagem do meu pai.Elena vem para casa preciso conversar com você sobre a Eva, a gente brigou.
- O que foi?
Marco pergunta em tom de curiosidade, mas eu não ia falar a verdade para ele afinal, Eva era da sua família e se ela e meu brigaram com toda certeza eu iria ficar ao lado do meu pai, acho que Marco não precisa saber disso.- É o meu pai, preciso ir...
-Eu te levo!
- Não pode deixa só me empresta o outro carro, tenho que ir na cidade para passar na loja primeiro para pegar algo...
Ele me olha e vejo que seus olhos estão me sondando, mas logo percebo que ele acredita e sai e quando volta me entrega a chave do carro, ele tinham três carros, na verdade Marco tinha sua caminhonete e Eva tinha o seu carro, e sobrava um para quando um dos dois quebrassem.
Eu me despeço dele e saio rápido, na verdade quase correndo eu estava morrendo de vergonha e acho que Marco percebe isso, pois ele não me acompanha até a saída, eu entro dando partida e não demora muito até eu chegar em casa, eu desligo o carro e tiro a chave da ignição e saio, eu estranho está tudo muito silêncioso e quieto demais, eu abro a porta da cozinha bem devagar e a cozinha está vazia, tem apenas um prato no chão quebrado e dois garfos espalhados, conforme eu vou me aproximando eu vejo coisas espalhadas pelo chão, até que chegou a sala e vejo Eva caída no chão e quando olho para cima Erick está sugando o pescoço do meu pai, quando ele me vê ele solta e meu pai cai desacordado no chão, no mesmo instante eu subo as escadas correndo até meu pai, mas Erick me impede me segurando pelos braços, eu tento empurra-lo mas eu não consigo, ele é bem mais forte do que eu.
- PAI!
Eu grito mas assim ele continua desacorrdado.
- Erick por favor?
- Até eu salvar ele, vai dar tempo de Marco vir aqui, e eu não quero isso então...
Meu pai tosse e coloca a mão na garganta.
- Erick por favor, se você não ajuda-lo ele vai morrer...
- Então acho que teremos um funeral.
Ele sai me arrastando pela escada a baixo e eu começo a gritar, Erick tampa a minha boca e me leva pra fora da casa, eu tento gritar mas não sai som, eu esperneio mas de nada adianta, ele me arrasta até uma van preta e abre a porta e quando ele faz isso eu dou lhe uma cabeçada e corro, mas ele me alcança e me joga sobre os seus ombros e me coloca dentro da van e fecha a porta, ele vem sobre mim e eu tento lutar com ele, mas sua força vampiresca me domina vê ele amarra meus pulsos e meus tornozelos e coloca uma fita na minha boca, eu começo a chorar, não por estar sendo sequestrada, mas sim pelo meu pai ele iria morrer e a culpa era minha, ele sai liga a van e saímos eu não consigo ver nada pois os vidros eram todos pretos. Andamos acho que por horas até que Erick para a Van e entra com uma garrafa de água, ele tira a fita que está em minha boca, e quando penso em gritar ele é mais rápido e tampa minha boca com sua mão.
- Nem pense em gritar, estamos na beira da estrada e ninguém vai te ajudar...
- Erick por que você está fazendo isso?
- Tenho ordens para te levar viva e sem nenhuma arranhão, mas não me tente Elena você não sabe do que eu sou capaz!
Ele me ajuda a beber a água e sai voltando para o banco do motorista e acelera indo embora, eu começo a chorar e lembro do meu celular eu busco pelos meus bolsos mais não encontro, então eu permaneço quieta perdida em pensamentos até que adormeço.
Quando acordo estou deitada em um quarto no qual eu nunca vi, e estou desamarrada, eu me levanto e percebo que estou descalço eu olho em volta e os móveis não me chama atenção, o que realmente me chama atenção é a grande janela com uma grossa cortina de veludo na cor vermelho sangue que vem do teto até o chão, eu corro até a janela mas quando olho tem uns dois andares debaixo dos meus pés a porta se abre e Erick entra com uma bandeja de comida.
- Se você tentar pular irá se quebrar inteira, acredite!
- Onde estou?
- Logo você saberá, mas por favor apenas come, já faz mais de vinte e quatro horas que você não coloca nada no estômago.
Erick sai fechando a porta e corro até ela eu tento abrir mas é uma porta feita de madeira pessoa impossível uma humana fraca igual a mim conseguir derrubar uma porta dessa no pé. Eu me afasto da porta e a chuto de ódio meu pé dói e xingo um palavrão qualquer eu volto até a cama onde se encontra a bandeja de comida e a abro, tem salada, arroz, carne vermelha, torta e um copo de suco ao lado eu pego o garfo prateado e dou uma garfada até que está gostoso e só aí percebo que eu realmente estava com fome. O dia passa lentamente perante os olhos eu passei quase a tarde inteira olhando por aquela janela e a única coisa na qual eu vi foi Erick, nada apenas ele não tem empregados, crianças Nou algum animal a propriedade parece ser enorme, e também não escuto barulho de automóvel nenhum, é um silêncio absoluto. Quando minhas pernas começam a doer eu me viro e dou de cara com Erick parado bem atrás de mim eu me assusto e vejo o jeito que ele me olha, tem lascívia em seu olhar.
- Tome um banho e vista isso.
- Não!
Ele se vira para mim e vem caminhando até eu ficar encurralada contra ele e a parede.
- Eu tenho ordens para te dar banho e te trocar, causo você me dissesse não!
- Tenho quanto tempo?
Ele sorri quando percebe o meu desespero, ao imaginar que eu teria que deixá-lo me dar banho.
- Comigo? Hum... Acho que meia hora eu te faço revirar os olhos!
- Idiota!
Ele sorri e sai fechando a porta atrás de si, me deixando ali sozinha naquele imenso quarto, eu pego o vestido e até que Erick tem bom gosto ele é longo e sua saia é rodada e é na cor vermelho sangue, eu vou até no banheiro e o carrego comigo no banheiro eu encontro tudo que preciso, toalha, shampoo, condicionador, escova de dente, até calcinha acho que Erick já tinha planejado o meu sequestro a meses. Eu ligo o chuveiro e deixo que a água caíssem gota por gota sobre o meu corpo eu quero chorar mas seguro, eu ainda tinha esperanças de que meu pai estava vivo e era isso que me mantinha firme e forte, eu tomo banho quando acabo seco o cabelo na toalha faço um coque e visto o vestido, ele cai como uma luva sobre o meu corpo, eu saio do banheiro e Erick está com uma caixa de sapatos em mãos mas seus olhos percorrem por todo o meu corpo assim que me vê.
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O Toque Do Vampiro
VampireElena Mitchell mora em Transilvânia(Romênia) e por causa da morte de sua mãe ela vai embora pra casa da sua tia keyla irmã de sua mãe, mas ao se passar seis meses Elena é obrigada a voltar para ajudar o seu pai, eles tem uma loja de ferramentas e se...