Sacrificio - Capitulo VI

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  • Dedicado a Jossi Menezes
                                    

Tudo começou a doer dentro de mim. Parecia que aquilo tudo não ia passar mais. Eu precisava de alguma coisa, precisava falar com alguém.

"Bea, preciso falar com você!"

"Okay!"

"Jardim dos fundos".

"Estou indo."

Bastaram apenas essas mensagens por whatsapp e não demorou muito. A Bea estava comigo. Sentou do meu lado e olhou meus pequeninos olhinhos tristes. Ela pegou minha cabeça e colocou no colo dela.

— Sabe... Chorar é o melhor remédio.

— Está doendo. – falei sem explicar nada ainda.

— Eu sei disso... Amor é foda. – ela respondeu.

Espera ai, como assim, "amor é foda". Eu não tinha nem falado nada ainda pra ela.

— Mas como você sabe que é sobre isso.

— Apenas sei.

Não quis saber de mais nada. Apenas chorei, chorei e chorei o quanto eu pude, e ela simplesmente ali, me olhando. Eu só queria saber o que se passava na mente dela nesse momento. Mas não precisava me preocupar muito, pois algo que eu sempre amei nela foi o fato dela sempre estar ao meu lado em todos os momentos e sempre sem perguntar nada. Perdi as contas de quantas vezes ela me deu o colo pra chorar sem antes perguntar o por que. Como pude viver um ano sem ela? Como pude viver sem esse amor que ela me dar?

— Eu te amo!

— Eu também te amo Pieh. Tudo vai melhorar. Confia em mim? – ela perguntou.

— Com toda certeza.

Eu falei isso e me retirei do colo dela, ela apenas me olhou e me abraçou.

— Você não quer saber o...

— Não preciso amor.

— Não quero que você perca aula por minha causa. – eu falei preocupado com ela – Eu vou para casa, ficarei lá com o Yuri.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Te levo até sua sala.

— Okay.

Eu não entendia o motivo de estar tão arrasado. Porque eu conheci o garoto agora e a gente só tinha trocado alguns beijos. Nada demais. Ou muito demais pra mim. E agora estava me sentindo como se o mundo tivesse acabado pra mim. Acho que subestimei o assunto do Imprinting. Isso deve ser realmente verdade.

Assim que cheguei à porta da sala. Vi que ele estava sentado no lugar dele. Porem com um pouco menos de felicidade no olhar dele. Até o momento eu estava do lado de fora da sala de aula e ninguém ainda tinha me visto

— Como eu estou? – perguntei para a Bea.

—  Sinceramente?

— Sempre.

— Seus olhos estão péssimos.

— Que se fodam, ninguém tem nada haver com minha vida.

— Isso ai, vai lá amor. Te vejo amanhã?

— Sim.

Abracei-a e então entrei pela porta. A professora olhou para mim e logo percebeu. Eu quis morrer.

— Você está bem Pietro?

— E-eu estou b-bem... Só acho que e-estou com febre.

— Quer um remédio ou algo do tipo?

Amor Selvagem: Guerra dos Clãs - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora