Te amo, Infinito - Capitulo XVIII

5.1K 483 20
                                    

 Ela estava tão enfurecida que seria capaz de cometer besteiras. Não que aquele Jossi não merecesse. Eu ate torcia, lá no fundo, para que ela pegasse ele a arrancasse o coração dele. Mas como ela não seria capaz de fazer isso, eu queria que ela não se metesse nessa briga. Tudo era entre eu, Maicon e o Jossi. Por mais que a Bea me amasse, eu não queria mais ninguém machucado por se envolver nos meus problemas. Só queria que ela não entrasse nisso. Ela não. já basta eu ter quase morrido por causa do meu egoísmo, não queria que ela morresse só por me amar tanto assim. Como não me amar né? Sou amável u.u

— Ela não pode fazer isso. – falei entrando em desespero.

— Calma. – falou Henry – Ela não vai muito longe. Três, dois, um... vamos.

— Para onde? – perguntei.

— Pegar a Beatriz. Ela caiu não muito longe daqui.

Como esse garoto podia ser tão poderoso? Eu não sabia nem como arremessar um prato na cabeça de alguém. Ele é capaz de tirar os sentidos de uma pessoa apenas com os poderes da mente. Queria ser como ele. Assim eu poderia lutar sozinho contra o Jossi e o matar. Fazer ele pagar por tudo que tem feito até o momento. Sem falar que além de me matar, ele veio para essa cidade apenas para matar meu irmão, por ele ser o futuro lobo mais poderoso que podia existir. Mas eu não o culpo. Isso deve ser apenas inveja de não ter o que sempre quis. Como o Maicon tinha me contado, ele sempre foi frustrado por ele nunca ter encontrado sua Soulmate. O que ninguém sabe é que os Lycan encontram sua almas gêmeas no período que vai dos 14 aos 18 anos. Depois disso fica cada vez mais difícil achar.

Acho que o Maicon por ser o príncipe deles teve sorte de me encontrar com apenas 16 anos. Mas o Jossi não deveria desistir e se entregar ao mau. A vida é cheio de surpresas, ele poderia encontrar sua alma gêmea a qualquer momento, mas não, achou de desistir e vim tentar tirar a vida do meu irmão. Eu sou daquelas pessoas que sou capaz de fazer qualquer coisa para salvar e defender as pessoas que eu amo. Por mais que eu pareça frágil e indefeso, eu poderia até matar se for necessário.

— Ali esta ela! – falou o Maicon correndo até a Bea.

Ela estava deitada no chão de qualquer jeito.

— Ela vai ficar vulnerável ate a raiva passar. – falou henry sacudindo a mão no ar e dela saindo uma nuvem azul.

Ele levou essa novem até a Bea e ela inspirou tudo para dentro. Depois de alguns segundos ela foi acordando pouco a pouco.

— Você é maluca ou quer morrer? – perguntei

— Talvez os dois – falou ela se levantando.

Eu a segurei para não cair. Ela era a mesma, só estava um pouco nauseada e precisaria de um tempo para se recuperar.

— Vamos logo fazer o feitiço e trazer o Yuri de volta a forma humana. – falou ela.

— Você tem certeza? – perguntou Yuri com os olhos esperançoso.

— Não vai precisar drenar meu sangue não né? – perguntou ela preocupada.

— Não. Ele só vai precisar beber um pouquinho.

— O que? – falou os dois uníssonos.

— Você quer voltar a ser humano ou não? – o encarei.

— Sim. – falou ele.

— Então vai morder meu bracinho, meu bebe. – falou Bea.

Começamos a andar em direção a nossa casa, que com certeza estava bastante longe. Pois do lugar onde eu e o Maicon passamos a noite era uma boa caminhada até em casa.

— Espera. – falou Bea – Mas se ele me morder, eu vou virar vampisomem?

— Não. – rir debochadamente.

— O Yuri não é maduro o suficiente para transformar alguém, nem veneno ele tem ainda. – explicou Maicon cabisbaixo.

Eu percebi que aquela historia de feitiço não estava deixando ele muito bem, pois era vontade dele ser um humano normal desde o dia em que ele se transformou pela primeira vez.

— Leva os garotos com você na frente, e liga para a Amanda, vou precisar da ajuda dela, preciso conversar as sós com o Maicon – falei quase sussurrando no ouvido dela.

Depois disso peguei na mão do Maicon e parei de andar. Ele também parou e não entendeu muito bem porque eu estava deixando os outros irem sozinhos na frente.

— Senta aqui comigo. – falei para ela apontando para a sombra de uma arvore.

Ele sentou-se no chão e eu sentei no colo dele, de frente para ele e o abracei.

— Sei que isso não te deixa bem. – falei no ouvido dele. – Desculpa ser um inútil e não poder fazer nada para te ajudar. Sabe que eu quero isso mais do que você.

— Você não é um inútil. – falou ele me apertando contra o corpo dele. – Eu sim que sou um inútil. Se você não estivesse comigo, poderia ter filhos com outra pessoa. Talvez uma pessoa normal que não tivesse um lobo interior que não iria reclamar dos filhos que vocês tivessem.

Ele falou isso com um tom de tristeza que doeu profundamente no meu peito. Eu queria sim ter uma família, dois filhos, uma menina e um menino. Mas se eu estou destinado a ele, se eu amo ele, isso significa que era para ser assim. Talvez eu não fosse ser um bom pai, por isso que amo um lobo que não vai aceitar filhos que não sejam deles. Por mais que isso fosse minha vontade, eu não o deixaria para ficar com outro só por causa de filhos, eu o amo.

— Vamos fazer o seguinte, eu vou embora, a gente nãos e ver mais e eu casamos com outro e adoto um monte de filhos. Okay? – olhei para ele, a cor sumiu do rosto dele – Acha que eu faria isso? Onde fica o amor? Por mais que eu queira um casal de crianças, o que eu sinto por você vai além dessa minha vontade. Eu não seria ninguém sem você. Você-é-o-amo-da-minha-vida. Não estou dizendo isso só porque estamos ligados ou destinados um ao outro. Não, não é por causa disso e sim porque eu realmente te amo e quero ter uma vida inteira ao seu lado.

— Ninguém jamais amou você como eu te amo. – Falou ele e eu reconheci essa frase.

— Epa, eu deveria ser a Bella nessa história. – falei fazendo biquinho.

— E eu o seu Edward. – ele me beijou calorosamente.

E ficamos ali abraçados por alguns minutos.

Amor Selvagem: Guerra dos Clãs - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora