Amor Selvagem: Guerra dos Clãs - Volume I

Beatriz - Capitulo VIII

— Quem sou eu para ir contra isso? – ela falou – Isso não, porque sei que isso, não é simplesmente isso?

Eu não entendi direito o que ela quis dizer com isso simplesmente não é isso. O que ela mais sabia que não estava contando para a gente?

— Quando conheceu o Papai? – perguntei.

— Foi no colegial ainda. Tínhamos praticamente a idade de vocês quando o Imprinting aconteceu, por isso creio que você aconteceu o mesmo. Não julgo por serem, garotos. Ninguém escolhe isso. Acho que desde então seu pai sempre soube que isso iria acontecer. Ele era, digamos que o bruxo mais poderoso que eu já vi. – falou ela abaixando a cabeça – Creio que você venha a ser o mesmo. – ela olhou para nós dois – Vocês terão problemas, muito problemas. E por mais que possam um dia se amar de verdade, nada dura para sempre, não enquanto existir essa briga entre as espécies.

— Mas porque o papai foi comigo para a Austrália? – perguntou o Yuri.

— Acho que está na hora de vocês saberem toda a verdade. – minha mãe falou – Pensei que eu pudesse segurar esse segredo por mais tempo, mas não vou conseguir. Seu pai a dois anos atrás resolveu ir com você – falou ela para o Yuri – para tentar conseguir uma cura para você, pois nem eu e muito menos ele queria que você chegasse a ativar a maldição. Foram dois anos atrás de tribo em tribo atrás dos mais poderosos anciões que pudessem ajudar a realizar algum feitiço para libertar você, e ele descobriu.

Fiquei de queixo aberto. Ou melhor, queixo caído. O papai tinha ido atrás de uma cura para o Yuri, por isso que ele saiu daqui sem despedir nem nada. E eu sempre pensando que ele tinha se separado da mamãe e teria abandonado a gente, e de quebra tinha levado o Yuri, me deixando sozinho sem ele.

— Como assim descobriu? – perguntou Yuri – Ele não falou nada para mim.

— Foi na noite que ele morreu. – ela baixou a cabeça novamente, mas levantou logo em seguida – Ou melhor, foi assassinado pela nossa espécie.

Vi uma lagrima cair rapidamente escorrendo pela face do Yuri, por mais que ele amasse a mamãe, ele era muito apegado ao papai, digamos que o filho favorito dele. Nunca tive ciúmes, não mesmo, pois sempre fui mais apegado a minha mãe. Talvez meu destino tivesse que ter nascido menina. Ou coisa assim. Sempre amei o papai, mas minha mãe eu faria tudo por ela. E agora descubro que assim como o meu namorado, ela também é uma loba, meu irmão. E olhando por esse lado, ou sou a ovelha negra da família, o único que nasceu bruxo, exceto o papai, mas ele não estava mais entre nós, então agora era só eu e... a Amanda, já estava me esquecendo dela. Porem eu não sei nada sobre ele, de onde veio, pra onde vai, as intenções dela. Quem é ela?

— Existem duas formas, segundo o que seu pai me falou antes de ser morto pela minha própria espécie. – ela levantou e começou a andar.

— Uma já sabemos, que é um feitiço. – eu falei.

Ela me olhou com uma cara de admirada.

— O que vocês não sabem é que além dessas duas raças, existiu um clã que praticamente foi extinto, mas fatos dizem que ainda restam umas dezenas desses seres no mundo todo. Dezenas, em todo o mundo. Mas acontece que ninguém mais conseguiu encontra-los. Pode parecer The Vampire Diaries, mas no nosso mundo existem, Lobos, Bruxos e Vampiros. E esses Vampiros, são a espécie que esta em extinção, e é a única que pode nos curar. – ela concluiu.

— De que forma? – perguntou Yuri.

— Com o sangue deles. É curativo, por isso estão quase extintos. Porque os lobos vinham os matando, porque o sangue deles são capazes de acabar com a maldição não só de um, mas sim de todos os lobos ao mesmo tempo, e muitos Lycans gostam da vida que tem. – falou ela.