Aquela que Se Foi - Capitulo X

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Era noite mais dava pra perceber. Aquele garoto de olhos azuis parecia um pouco desconfiado. Carregava um pingente em forma de "H", o cabelo jogado de lado, o que o deixava extremamente fofo e, sexy? Talvez. Rsrs

Pelas vozes, eu identifiquei que no dialogo anterior, foi ele que tinha feito algo que o outro não o perdoaria. Eles não pareciam ser tão durões assim, tirando o fato do garoto chamado Mike ser um bruxo assim como eu.

— Posso perguntar algo? – falei para o Mike.

— Sim.

— Que tipo de magia você pratica?

Ele olhou para o Henry, e depois se sentou em um tronco, ao redor da fogueira apagada. A madeira continuava ali, daria para acende-la, se tivéssemos fogo. Todos sentaram ao redor da mesma, porem logo começou a fazer um pouquinho de frio.

— Henry. Faz as honras? – perguntou mike para o garoto.

Fiquei apenas observando ele revirar os olhos em uma forma de desespero ou coisa assim. Ele estava inquieto. Porem, ele olhou para a madeira a nossa frente e apenas com um estalo de dedos, a fogueira acendeu. Fiquei completamente chocado. Eu nunca tinha feito nada parecido a isso. So movia objetos, isso e aquilo. Mas produzir um dos 4 elementos da natureza, isso eu nunca conseguiria.

— Nos usamos a velha e boa magia branca. – respondeu o Mike.

Ele era um garoto que transmitia segurança, os olhos verdes com cabelos escuros, um moletom preto de zíper no meio, uma calça jeans azul escuro, e um tênis branco. Ele olhava pra você e você se sentia observado por um anjo. O outro garoto era um pouco mais fechado, como tinha dito anteriormente, cabelos negro também jogado de lado, olhos azuis, extremamente azuis, estavam com um moletom cinza e uma calca preta, e calçava um tênis azul.

— você deve tá se perguntando porque o Henry é meio fechado? – perguntou Mike enquanto eu olhava para o garoto.

— Sim, estou. Quer dizer... – já era tarde.

— Eu vou mostrar para vocês. – falou Mike para mim – Me deem suas mãos. – falou ele para eu e o Maicon.

Após darmos a mão para ele, sentir uma coisa estranha. Imagens de uma aldeia, imagens de anjos na praia, batalha, coisas que eu nunca imaginaria. Depois vi eles chegando em uma cidade. E mais e mais coisas foram aparecendo na minha mente, coisas que eu não fazia anexo a nada. Ate aparecer o Mike e o Henry conversando dentro de um quarto. Foi então que depois do fim da conversa e um evento que veio logo em seguida (que não posso contar porque isso pertence ao mundo deles) foi que eu entendi o jeito que ele estava. Ele não estava quieto por nenhum motivo. Ele estava com o coração partido. Entendo que a intenção dele com as coisas que ele fez foi a melhor possível, mas ate eu ficaria assim se tivesse que fazer o que ele fez.

— Sinto muito. – falei para ele.

Ele apenas deu um longe e lindo sorriso sincero.

— Foi por uma boa causa. – ele respondeu colocando a cabeça no ombro do Mike, como se quisesse carinho.

— Mas e o seu namorado. Como ele está? – perguntei para ele.

—Desde que isso aconteceu não tenho muitas noticias dele. Tô só esperando o momento certo.

— Eu entendo. – falou o Maicon.

— E vocês dois? São apenas amigos ou? – perguntou o Henry.

— Ele é meu Little Wolf. – respondi com um pouco de timidez.

— Nunca desista um do outo, isso é o principal. – falou ele.

— Mas você não desistiu. Você foi obrigado. – falei.

— Eu sei.

— Mas de que ajuda vocês precisam? – perguntou Maicon.

O Mike olhou para nos dois e começou a narrar a historia.

— Como vocês viram na visão, o namorado dele é amaldiçoado e alvo de um sacrifício para despertar um anjo-demônio que foi aprisionado em outra dimensão por 6 grandes guerreiros. Acontece que agora os descendentes da Ceita inicial que tentaram realizar o sacrifício diversas vezes, vieram atrás dele. O que precisamos é apenas de um feitiço de localização, para que possamos encontrar o local onde o anjo-demônios foi amaldiçoado, para que possamos ir até lá e acabar de uma vez por todas com essa maldição. – explicou o Mike.

— Mas como eu vi na visão, o sacrifício tem que acontecer. – falou o Maicon.

— Exatamente. E esse é o ponto delicado do plano. – falou Henry.

— E eu venho tendo algumas visões com esse lugar, e existe apenas um bruxo no mundo capaz de fazer esse feitiço. – falou Mike.

— Quem? – Eu perguntei.

— Você. – Henry me respondeu.

— Mas...

Caramba. Eu mal conseguia mover um objeto direito, mesmo com todas as aulas que a Amanda tem feito comigo, eu ainda não estava preparado para um feitiço desse porte. Mas como não ajuda-los? O que o Henry fez pelo Gabriel, eu não sei se teria coragem de fazer o mesmo pelo Maicon. Não que eu não o ame, não é isso, mas sim, porque e não iria conseguir vê-lo sofrer da mesma forma que tenho certeza que o Gabriel deve estar sofrendo nesse exato momento. Percebi que os dois se amavam, muito mesmo. Porque se não o Henry não teria saído numa aventura sem certeza que encontraria o Gabriel naquela aldeia. Ele foi e conseguiu, mas as circunstancias da volta para a cidade, arrasou tudo, destruiu o coração dos dois. E a decisão de Henry foi uma das mais radicais que eu já vi, só tinha visto coisas como essas em livros.

Algo me trouxe de volta a realidade, quando vi um lobinho branco chegando perto da gente em sua maior velocidade possível. Reconheci antes mesmo de chegar até onde estávamos Yuri. Ele rapidamente voltou à forma humano completamente nu, e foi logo falando ofegante sem perder tempo algum.

— Vocês precisam voltar. – ele falou.

— Por quê? – perguntei.

— Mamãe foi levada!

Amor Selvagem: Guerra dos Clãs - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora