Capítulo 4

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No dia seguinte, o duque também não compareceu ao café da manhã.

Dessa vez pedi para que Suze fizesse companhia a mim, mas já havia comido e tinha que ajudar a sua mãe na cozinha. Portanto, comi sozinha e fui à biblioteca.

Passei um bom tempo vendo os livros nas estantes, a biblioteca do casarão Van Edell tinha muitos livros, o bastante para eu não precisar ler os livros que havia trazido.

Me lembrei do que Pietro falou: - Dizem que o Duque tem uma biblioteca gigantesca em casa, você não vai precisar levar muitos livros. - E ele estava certo.

Tinha medo de estar certo em outros assuntos também.

Peguei o livro Orgulho e preconceito de Jane Austen, o meu favorito. Li, ou melhor, reli.

A manhã passou voando. O duque também não compareceu ao almoço, mas dessa vez, fiquei preocupada, dessa forma como iria convencer de que não serei uma boa esposa, se é quase impossível vê-lo?

Estava lendo na sala quando Suze se aproximou:

- Senhorita, o duque pediu para avisar que ao fim da tarde levará a senhori... desculpe-me, você. Para um passeio nos arredores da residência.

- Você acha que eu deveria ir, Suze? - falei sem tirar os olhos do livro.

- É pra isso que está aqui, não?

- É, mas e se eu não quiser ir. Será que o duque vai ficar desapontado? - Falei olhando para ela.

- Se não tiver sentindo-se bem, eu posso comunicá-lo.

- Não, Suze, não é isso - Fechei o livro e arrumei minha posição. - Será que se eu rejeitar o convite, ele irá se sentir ofendido?

- Eu não sei, mas acredito que ficaria um pouco desapontado, tendo em vista que a senhorita está aqui para conhecê-lo melhor.

- Você sabe muito bem que não estou aqui para isso. As mulheres cumprem a lei da esposa apenas para que o noivo possa aprová-la ou não. Se por acaso, eu não for uma boa "noiva" nesses dias aqui, isso significa que não serei uma boa esposa certo?

- Certo, mas eu não estou entendendo, o que a senhorita quer dizer com isso?

Já havia falado demais e ainda tinha a possibilidade de ela contar ao duque o que planejei para esses 31 dias.

- Esquece, são pensamentos vagos que tenho enquanto leio, mas pode confirmar com o duque. Eu irei.

- Ótimo. Com licença, Milady.

Consenti com a cabeça e voltei a ler.

Não sabia o que Benjamin perguntaria, mas enquanto Suze me vestia depois de um relaxante banho morno, fiquei pensando em algumas possíveis perguntas que o duque poderia fazer-me, portanto, estava formulando algumas respostas mentalmente.

Se ele me perguntasse como eu me sentia enquanto meu pai e irmãos viajavam a trabalho, eu poderia responder que me sentia triste e que nunca tinha me acostumado com a ausência de nenhum deles. Claro, era uma mentirinha, eu adorava que meu pai e meus irmãos viajassem. Ele poderia entender que eu desaprovava as suas viagens, era algo que ele não poderia conter já que viajava a trabalho o tempo todo.

Suze apertava meu espartilho da mesma forma em que eu a ensinei.

Queria quebrar aquele silêncio mortal que estava entre nós.

- Suze, porque você não casou? Nunca foi prometida?

- Eu já fui prometida sim, mas não quero perturbá-la com essa história em véspera de sair com o duque - Falou enquanto amarrava a fita do espartilho.

31 dias para te amar - Livro 1 - [1º versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora