31 dias para te amar - Livro 1 - [1º versão]

Capítulo 25

O concerto era realmente muito bonito, mas seria um pouco reconfortante não ter que desviar os olhos a todo minuto para ver se Elisabeth estava esfregando as mãos em Benjamin. Uma vez ou outra ela cochichava no ouvido de dele e em seguida riam como se ela tivesse dito algo muito engraçado.
Em nenhum momento Elisabeth me colocou na conversa, na verdade eu não estava prestando atenção mais em nada. Eu não estava me sentindo confortável naquele lugar, com aquelas pessoas, queria voltar ao hotel, dormir por mil horas seguidas, ver pela ultima vez meu irmão, antes de ir, e voltar para casa.

— Preciso ir ao toalhete. — Falou Benjamin que olhou para mim como se pedisse permissão.

Eu assenti.

Alguns minutos depois...

— Irei tomar um ar, não se esqueçam que a bebida está ali. Porque não se serve Johanna? Acho que gostará dos drinks.

Sorri apertado e depois de alguns segundo, ela saiu.

Me deu palpitação quando percebi que Benjamin ainda não tinha voltado, me levantei bruscamente e sai também.

Antes mesmo de chegar no fim do corrego ouço vozes familiares, eu conheço... Benjamin¿

Me deparo com uma das cenas mais humilhantes que passei em toda minha vida, eles estavam se beijando, Elisabeth e... e Benjamin!

Meus olhos arregalaram de uma forma que as primeiras lágrimas não esperaram outra para escorrerem pelo meu rosto. Sai pelo corredor contrário, andava tão rápido que o guarta perguntou se estava tudo bem, eu não respondi, estava triste de mais para explicar, eu estava... estava com o coração em pedaços? Então foi isso que Suzy sentiu? Foi essa a sensação que ela teve? Meu Deus Suzy, como eu preciso de você agora!

Entrei na carruagem que o duque alugara para nossa estadia em Londres, o cocheiro perguntou por Benjamin, mas falei que ele estava ocupado de mais para ir embora e que se ele não me levasse daquele lugar eu iria a pé.

O cocheiro imediatamente se posicionou e deu partida, meu coração estava em pedaços, não só ele, mas meu corpo inteiro, tudo em mim doía, eu sei que não era a pessoa para cobrar nada dele, mas uma vez que ele decidiu se casar comigo, ele deveria se dar ao respeito e ao menos me como mulher.

Agora sabia o que eles tinham. Eles eram amantes, por isso ele nunca foi visto com mulheres em Ziemia, não era por minha causa, mas por ela, ele a amava?

Eu me encontrava em um estado totalmente irracional, meus pensamentos me levaram a conclusões que para mim eram lógicas: Benjamin nunca me amou. O que eu deveria pensar depois do que vi? Ele é um mentiroso, um cafajeste.

Chorei por todo caminho até o hotel, com certeza o cocheiro percebeu, mas não perguntou, e achei melhor assim, eu tinha que me livrar também de Elise, ela não iria fazer perguntas, mas iria insistir para ficar. Inventei uma história de que estava com muita dor, ela disse que pediria um chá para mim, mas falei que não precisava, que só queria dormir. Por sorte ela não insistiu, eu tirei aquela roupa mais rápido do que qualquer criada conseguiria, deitei na cama, me cobrir dos pés a cabeça, chorei o máximo que pude, até não ter mais lágrimas.

Naquele momento Benjamin já tinha notado minha ausência, e seria muito hipócrita se perguntar o porquê, ele não podia entrar no meu quarto, tinha trancado todas as portas e por segurança a janela, mesmo que ele batesse, ele não poderia entrar.

Eu não queria que ele entrasse!

Depois de um tempo, mais calma pensei em tudo que aconteceu, era a situação extada do que temia, eu apaixonada por Benjamin, eu chorando por Benjamin, por ele ter me feito de idiota, por ele ter me enganado enquanto eu estava cogitando ser dele.