Capítulo 8

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O dia de tirar as medidas do vestido chegou e eu estava animada, não para o vestido, mas sim para ver a mamãe. Eu estava morta de saudade e acredito que ela também. Um pouco antes das três da tarde, saí com a carruagem que Benjamin deixou posta para mim. Passei no ateliê da costureira e pela primeira vez na vida, pedi que fizesse um vestido com o modelo que ela preferisse. Na verdade, não estava muito empolgada para esse baile e por isso, não me preocupava tanto com o que eu iria vestir.

Cheguei na casa dos meus pais antes das cinco da tarde, não poderia demorar. Já estava quase anoitecendo e teria de voltar antes que a estrada escurecesse. Alfredo abriu a porta para mim e me cumprimentou.

Minha mãe saiu da sala de jantar, curiosa para ver quem tinha chegado.

— Alfredo? Quem está aí?

Ela congelou quando me viu.

— Oi, mamãe. — Falei sorrindo.

— Johanna? O que fazes aqui? — Falou ainda espantada.

— Mamãe, não fui expulsa da casa Van Edell se é o que está pensando. O duque viajou e deixou uma costureira para fazer meu vestido para o baile de boas-vindas ao Rei. Portanto, aproveitei que estava por perto para ver como a senhora estava. Quero aproveitar também para pegar o vestido da minha festa de aniversário.

— O duque é mesmo muito gentil não é? Mas, porque você está querendo levar o vestido, sendo que o duque mandou fazer um novinho para você?

— Ah, mãe. A senhora sabe como sou. Talvez a costureira não seja tão boa assim. É melhor levar um de reserva.

— Sim, sim... querida. Pedirei que lhe tragam o vestido.

Ela pediu para uma das criadas ir pegá-lo, enquanto a outra fazia um chá para nós duas. Eu fiquei observando a minha casa, e pensando o quanto que eu estava com saudade de tudo aquilo.

— Anna, me diga, como andam as coisas por lá? Você está se sentindo sozinha? Você e o duque já conversaram bastante? — Perguntou enquanto se sentava em um dos sofás. — Sente-se querida.

— O duque deixou que uma criada me servisse de dama de companhia, ela é muito simpática e inteligente. Eu e o duque não tivemos muitas conversas, mas sempre que dá estamos conversando. Ele é simpático e sabe converter uma situação como ninguém

— Ele é bonito? — Perguntou entusiasmada.

— Nossa mãe, essa conversa não deveria nem existir. Mas sim, ele é.

— Haha, sabia que você iria gostar dele. Fazem um casal perfeito. — Falou empolgada.

— Não mãe, calma. Achar ele bonito, não significa que eu gostei de quem ele é. Na verdade, não o conheci tão bem ainda.

Tenho várias coisas a perguntar.

— Certo, querida, mas não se esqueça que ele vai ser seu marido, portanto, quanto mais cedo vocês se apaixonarem melhor para o casamento.

— Mãe, você sabia que todo o casarão tem detalhes em púrpura? — Falei tentando sair daquela conversa.

— Nossa, eu amo púrpura. Você lembra do vestido que eu comprei para o aniversário da filha mais velha dos Winkes? Eu o amava, mas seu pai odiava, dizia que a cor era muito forte e chamava muita atenção para uma mulher casada. Eu não ligo muito para cores, mas seu pai com raiva é impossível. Tive que vestir aquele vestido verde claro, que me deixa rechonchuda. — Falou se lamentando.

Tomamos uma xícara de chá, peguei a mala com o vestido, me despedi da minha mãe e voltei para o casarão. Assim que cheguei, subi para o quarto. Andei tão rápido, que Suze mal notou que havia chegado. Escondi o vestido dentro do baú, para que Suze não o visse, pelo menos por enquanto.

31 dias para te amar - Livro 1 - [1º versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora