Voltar a falar com Suzy me fez tirar um peso enorme das costas, nossa conversa foi bastante sincera, não poderia deixar de falar dos mínimos detalhes da viagem, falei de Elizabeth, como esperado, Suzy não a conhecia, mas eu confiava na intuição de Lorenzo.
O duque passou toda manhã isolado no quarto, eu sabia que deveria conversar com ele, mas não sabia o que falar, queria dizer tudo o que sentia, o que vi em Londres, tirar aquela história a limpo, quando percebi, estava em frente ao quarto dele andando para lá e para cá.
— Senhorita Ossory?
Benjamin tinha aberto a porta sem nem mesmo eu perceber. Fiquei paralisada sem conseguir pronunciar nenhuma palavra, ele estava sem blusa, ver Benjamin daquela maneira me causou arrepio, era impossível não lembrar da noite que passamos juntos, do como qualquer problema parecia pequeno, seu toque na minha pele, sua caricias, seus beijos ardentes; tudo parecia tão perfeito. Eu amava Benjamin, isso eu não podia negar, eu não sei explicar como uma pessoa pode amar outra em tão pouco tempo, mas o que eu diria é que o tempo não importa, se os momentos forem intensos, você ama.
— Eu...
— Com licença... Senhorita Ossory, seus país estão na sala.
Suzy apareceu bem na hora do desastre, eu ainda não estava preparada para ter aquela conversa, não agora.
Fiquei surpresa por meus pais estarem no casarão Van Edell, suzy falou que eles não tinham a visto, seus pais estavam na cozinha e como mandado, um dos cocheiros ao ver a carruagem avisava a todos do casarão, o mesmo fazia o papel de Mordomo e recebia os convidados, essa era a regra de pânico. Mas eu não entendia porque meus pais tinham vindo, em Ziemia não se visitava nenhuma família sem ser convidado, isso significava que meus pais estavam burlando uma regra de sociedade, algo que minha mãe abominava.
Pedi licença ao duque e fui em passos largos para sala. Uma coisa eu tinha certeza, se eles estavam aqui, algo de ruim tinha acontecido, Lorenzo poderia ter mandado o resultado para o endereço errado, eles poderiam estar aqui por causa do resultado da prova.
— Mamãe? Papai? O que fazem aqui?
Minha mãe levantou-se rapidamente e logo me deu um abraço daqueles de sempre.
— Ô querida, quanta saudade, você está bem? Parece abatida.
— Estou...
— Onde estar o duque? — perguntou meu pai, me interrompendo.
— Eu estou bem mamãe obrigada — falei encarando meu pai. — O duque está no seu quarto, daqui a pouco deve descer.
— Ótimo! — Falou meu pai sério
Puxei minha mãe para o canto da sala onde ficava o piano.
— Não lembrava o quanto essa sala era bonita. Você é uma menina de sorte. — Falou minha mãe fitando o local.
— Mamãe, me diga o que trouxe vocês até aqui se nem mesmo avisar.
— Peço desculpas filha, mas você sabe como seu pai é, faltam dois dias para recebemos a noticia se você irá casar ou será devolvida. Ele não aguentou, então veio cercar o duque para lembra-lo da promessa que fez, caso ele esteja pensando em devolve-la, você fez tudo certo, não fez?
soltei um suspiro de alívio.
— Mãe, vocês não deveriam estar aqui.
— Eu sei querida, mas você sabe que seu pai é controlador. Acho que ele não suportaria se você fosse devolvida. Nenhum pai quer isso, eu ficaria bastante decepcionada.
Meu coração gelou, eu sabia que meus pais iriam sofrer, mas não por minha causa, e sim por eu ser uma devolvida.
Isso me machucava.
O homem nunca levava a culpa, foi ele quem a devolveu não é mesmo? Mas a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, a culpa era sempre jogada para a mulher, porque dizem que: Se ela for devolvida, é porque ela não soube conquistar o prometido, porque ela não seria uma boa esposa.
O dedo julgador apontava inquestionavelmente para a mulher.
— Bom dia Senhor e senhora Ossory. No que posso ajudar?
Meu pai levantou-se ligeiramente da cadeira e cumprimentou Benjamin, minha mãe atravessou a sala em minutos e deu-lhe um abraço. Benjamin me encarava, mas eu não conseguia olhar em seus olhos.
— Aceitam chá? — Perguntou o duque
— Aceitamos sim. — Falou minha mãe.
— Senhorita, você poderia fazer esse favor para nós? — Perguntou Benjamin
Assenti com a cabeça.
— Espere, você não tem nenhuma criada que faça isso? — Perguntou minha mãe.
— Cala a boca mulher, você não percebe que está sendo inconveniente na casa do duque? Aliás, não é favor nenhum para Johanna, ela será sua futura esposa, é obrigação dela fazer essas pequenas coisas. Não é filha?
Naquele momento eu não sentia raiva do meu pai, mas sentia desprezo, entretanto por causa dele, eu pude concretizar que Benjamin era diferente dos demais homens Ziemianos, ele era especial.
— Não senhor Ossory, isso não é obrigação da minha noiva, não quero que ela me sirva, eu quero que ela me ame, e só o seu amor já basta!
Minha mãe levou as mãos à boca emocionada, meu pai ficou tão desnorteado que mal conseguia falar. Benjamin olhava para mim de tal forma que podia sentir o poder daquelas palavras, meus olhos encheram de lágrimas, fui até a cozinha o mais rápido possível, mas não consegui conter as lágrimas, desabei.
— O que aconteceu menina? — Perguntou a Josembergue.
Eu olhei para ele chorando, não conseguia falar.
— Desculpe senhorita, mas eu fiquei sabendo de toda a história, creio que estava chorando por algum motivo relacionado a isso, quer saber de algo? O amor não é fácil, eu sei que você não é uma má pessoa, claro que não, se fosse já teria denunciado o duque, eu sei que você e minha filha são amigas, e lhe agradeço por isso, ela precisava muito de alguém que a entendesse de alguma forma. Mas amar não é fácil, principalmente quando você não tem escolhas, a senhorita não precisa escolher, deixe seu coração guiar, muitos dizem que a cabeça é amiga da razão, mas nenhuma delas amou ninguém, a partir do momento que você ama, não existe razão, você só ama. Eu sei que vocês se gostam, eu sei que querem ficar juntos, até mesmo um louco veria a conexão que vocês construíram.
— O que está acontecendo?
Mia, a mãe de Suzy se aproximou, Josembergue a abraçou e falou:
— Nossa futura Senhora Van Edell está precisando de chá, não é mesmo? Você pode fazer para ela?
— Claro que posso. — Sorriu
— Obrigada — Falei com a voz roca.
* Gente, olá... kkkk, eu não gosto de escrever aqui sobre coisas externas, mas eu acho que nem todo mundo ler os recados que deixo na parte de conversa no meu perfil (Se você não ver é porque não me segue). O que quero dizer é que: Eu estou MUITO ocupada, então peço desculpas por não estar postando dos dias certos. 31 dias para te amar está chegando a reta final, quero agradecer a vocês leitores por estarem votando e comentando, vocês são essenciais para me motivar a escrever. Não quero falar muita coisa por aqui, porque na nota do autor vai ter muita informação importante para quem gosta de 31 dias para te amar, então quando eu posta-la, leiam, por favorzinho kkkk enfim, Beijos vocês são D+.
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31 dias para te amar - Livro 1 - [1º versão]
Romance31 dias são suficientes para amar alguém? O que você faria se morasse em um país de monarquia absolutista, regido por leis que separam as raças e tomam conta do futuro das mulheres? Você conseguiria suportar ser obrigada, por lei, a ter um prometid...