Capítulo 13

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Minha mãe e suas amigas estavam me atolando de perguntas sobre o duque e a casa Van Edell. Eu tentava responder tudo de forma sucinta. Uma de suas amigas perguntou se Benjamin já havia me beijado. Eu, no entanto, falei que o duque era um homem tímido e me respeitava. Não menti. Suze tinha razão em dizer que Benjamin era um cavalheiro... Ele pediu para que Suze escolhesse meu quarto na ala contrária a dele. Além de ter disponibilizado, não apenas uma criada, mas uma dama de companhia que se tornara minha melhor amiga.

Não contei todos esses detalhes a elas, mas fui bem convincente quanto aos meus argumentos.

— Senhoras, posso roubar minha noiva um pouco para desfrutarmos de uma dança?

Benjamin, mesmo que não fosse por querer, era bastante galanteador.

As mulheres o olhavam de baixo para cima e sempre cochichavam com suas amigas logo após.

Ouvi algumas damas conversarem sobre como elas queriam que seus maridos tivessem o porte físico de Benjamin. A loira falava o quanto o achava sexy, a morena dizia que se fosse sua esposa desfrutava bastante do seu dinheiro, além de aproveitar toda a beleza do duque na cama.

Ouvi aquelas mulheres conversando me dava ânsia.

Eu admitia para mim mesmo que o duque além de um bom partido, era um homem muito bonito e atraente. Mas, não sentia absolutamente nada por ele, ou achava que não.

Já no meio do salão junto com outros casais que lá dançavam, eu e Benjamin dançávamos de tal forma que não esperava. Nossa sincronia era evidente, quem via poderia acreditar que tínhamos ensaiado.

— A senhorita é realmente uma dançarina formidável — Falou Benjamin.

— E o senhor é um ótimo cavalheiro para dança, devo admitir.

— A senhorita foi ótima com o rei. Me deixou surpreso, porém orgulhoso. Por um momento pensei que estivesse falando o que realmente sente. O seu pai fez uma boa escolha, acha mesmo senhorita? — Sorriu.

— Senhor Van Edell. Não se engane, eu falei o que eles queriam ouvir, até mesmo o senhor.

Um homem alto bem vestido, parou os músicos e avisou que a valsa sincronizada estava para começar. Todas as damas e rapazes sabiam como dança-la desde muito jovem. Era algo cultural dos bailes em Ziemia. A realeza, era convidada a participar e quase sempre aceitavam, portanto não foi diferente dessa vez.

Eu e Benjamin entreolhamos e sorrimos um para o outro. Ele sabia o que estava tentando dizer.

— Então, Milady. Essa é uma ótima oportunidade para mostrar o meu pique para dança — Falou Benjamin.

— Sim... e se me permite, irei adorar ver o senhor sendo o primeiro a desistir depois desse afronte. Não sabe, senhor? Nunca subestime uma mulher capaz de mostrar o seu valor naquilo que faz!

Nos olhamos, ele deu de ombros, sorriu e a valsa começou.

Uma das características dessa dança era a competição. Todos dançavam iguais, em filas horizontais.

A dança era regida por casais.

A cada término de coreografia, os homens passavam para a dama seguinte. Repetindo a dança até chegar novamente a sua parceira inicial. E assim, sucessivamente, até os casais desistirem e por fim sobrar um só casal. Em muitos bailes o casal vencedor ganhava brindes. Esse não poderia ser diferente, no entanto o brinde era um dos melhores que já vi. O casal vencedor ganharia uma viagem para Londres. Sabia que ninguém presente, precisava daquilo. Todos ali tinham dinheiro para ir mais longe se precisasse... Mas, ninguém rejeitava uma viagem, muitos menos se ela for fruto de uma competição.

31 dias para te amar - Livro 1 - [1º versão]Onde histórias criam vida. Descubra agora