Laranja adj.
1. Entre o vermelho e o amarelo.
O apartamento não era muito grande, e também não muito pequeno. Dois quartos, uma sala com uma cozinha separada apenas por um balcão e um banheiro.
Vitão estava animado, ele já havia visitado o lugar algumas vezes com sua mãe, aquele também era seu presente.
- Você pode escolher o quarto. - Ele falou parado no meio da sala. - Os dois dão para a rua então não tem muita diferença. - Deu de ombros largando uma caixa no canto da parede.
Day estava um pouco deslumbrada com aquilo. Era diferente do que ela costumava ter.- Vocês não precisavam fazer isso por mim. - Day murmurou analisando os traços do apartamento.
Vitão suspirou e se aproximou da garota, segurou-a pelos ombros e olhou no fundo de seus olhos.
- Dayane, é claro que não precisávamos - ele começou. - Mas nós queríamos, e porque não?
- É só que...
- É só que nada. - Ele insistiu apertando os ombros da garota. - Você é minha irmãzinha agora, e nós vamos entrar na UAL juntos e vamos conquistar o mundo. Juntos. - Sorriu.
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Day se instalou no apartamento antes do que Vitão. O rapaz iria para Doncaster dali dois dias então resolveu que se mudaria apenas quando voltasse.
O local não estava muito mobilhado ainda. Apenas um sofá, uma cama no quarto de Day e uma geladeira. Mas era suficiente para a garota sobreviver.
A UAL se localizava ainda ali naquele bairro, então ficaria fácil para os dois irem ao colégio, sem contar que também não era relativamente longe da Bakery.
Day gostava de caminhar por sua nova vizinhança. Entrar em lojas e livrarias. Desde que chegara em Londres ela criara o habito de comprar livros, e aos poucos ele se amontoavam no seu quarto do apartamento.
Sentava-se no sofá da sala e ficava ouvindo os pensamentos de Carol em sua mente.
Desde que teve a conversa com vitão, Day começara a pensar no seu amor, não só como seu amor, mas sim como Carol. O contato com pessoas legais havia aos poucos amolecido um pouco o coração da garota.
Carol era uma menina muito agitada, Day podia dizer. A mesma sempre frequentava festas e bares depois da faculdade.
Day só não gostava quando Carol fazia sexo com outras garotas.
Era desconfortável para ela. E sempre que Carol fazia sexo com alguma outra garota, Day amanhecia com algumas marcas em seu pescoço e busto.
Ela descobriu que quanto mais perto ela estava de Carol, mais influente as ações da garota se tornavam sobre si. Se Carol se ferisse, Day sentiria uma parte da dor, e poderia até mesmo ficar com as marcas disso.
Day já tinha uma porção de marcas graças ao tratamento de seus pais, mas eram manchas que ela não se importava muito.
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Algumas semanas se passaram, Vitão já estava de volta, com um bocado de histórias sobre Thaylise e de como a garota de Doncaster se mudaria para morar com eles dali alguns dias.
- Ela é simplesmente incrível, - Vitão repetira pela milésima vez enquanto cortava um dos bolos.
- Você já falou isso... - Day riu entregando o café de uma das clientes daquela manhã.
- Thay é tão pequena e tímida... eu tinha medo de quebrá-la sabe? - O rapaz divagava olhando para o nada com um sorriso.
- Victor, é sério, eu acho que você está babando. - A garota brincou, fazendo Vitão revirar os olhos e voltar ao seu trabalho com os bolos.

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Cores - Dayrol version
RomanceDay nasceu sem suas cores, literalmente tudo o que ela enxergava era apenas preto e branco.