Funeral.

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funeral s.m

1. Cerimônia de sepultamento, de enterro, quando alguém é colocado numa sepultura.

2. Ritual de despedida que se realiza logo após a morte de um ente querido.

-Ai que merda! - Exclamou.

Bruno não era sinônimo de responsabilidade, muito menos de cuidado. Para falar a verdade ele era até um pouco avoado, esquecia fácil das coisas.

- Ela vai ficar uma fera. - Aline comentou, aterrorizando ainda mais o garoto.

Antes de ir para o acampamento, Carol deixou instruções básicas para Bruno cuidar de seu peixinho dourado. De como cuidar da água, e de apenas dar três camarões para o peixinho.

Na sexta Bruno tinha uma festa, que segundo ele, era muito, muito, importante. Então de uma forma desleixada ele cobriu a superfície da água do peixinho com muita ração.

Hoje era domingo. E o peixinho boiava de barriga para cima.

- Talvez ele esteja dormindo. - Palpitou com esperanças.

Aline revirou os olhos, e com o seu dedo indicador ela cutucou o peixinho, que afundou até as pedrinhas coloridas no fundo do aquário.

- Ele tá morto, Bruno!

- Como ia saber que esse idiota ia comer até morrer! - Rosnou com as mãos no rosto.

Sabia que sua melhor amiga tinha um apego muito forte com esse peixe, e quando soubesse que ele tinha morrido provavelmente também se mataria.

- Ainda bem que não fui eu. - A garota riu, cutucando mais uma vez o defunto.

- Você sabe que horas ela vai chegar?

- Ela disse que voltaria hoje de manhã, mas pelo o horário provavelmente ela passou na casa da Day.

Bruno suspirou. Se tivesse muita sorte ele conseguiria comprar outro peixe dourado e substituí-lo antes que Carol chegasse.

- Preciso que você me leve em algum pet shop! - Empurrou Aline até a sala. - Agora.

-Hey! Por que eu? - Tentou relutar, mas Brumo conseguia ser agressivo quando queria.

- Você é minha cúmplice no assassinato. - Pegou as chaves do carro de Aline e o puxou para fora do apartamento.

- Então você assume que foi um assassinato? - Riu ajeitando suas roupas.

- Não! - Estalou a língua praticamente agredindo o botão do elevador. - Ele se matou, isso é óbvio.

- Você deu a corda, o coitado apenas se enforcou.

- Aline, você não está ajudando. - Rosnou entrando no elevador que mal tinha aberto direito. - Peixe burro...

- Como cúmplice eu tenho o dever de apontar os teus erros no crime. - Sorriu de braços cruzados.

- Eu vou apontar a minha mão na sua cara! - Aline riu e ficou em silêncio. Em poucos minutos o elevador chegou no subsolo e eles praticamente correram até o carro preto de Aline.

A menina deu a partida e correu para fora do condomínio. Ela não queria ter parte na culpa, mas também não queria ver Carol triste.

- Eu duvido que você encontrará alguma loja aberta a essa hora de um domingo. - Já se passa do meio dia.

- Qualquer coisa eu engano a Carol até amanhã, mas eu simplesmente dei mancada e não quero ela chateada. - Suspirou.

- Você pode tentar respiração boca a boca. - Riu focada no trânsito.

Cores - Dayrol versionOnde histórias criam vida. Descubra agora