baunilha s.f.1. Gênero de orquidáceas trepadeiras, das regiões tropicais.
2. O fruto dessa planta.
3. Essência de baunilha.
- Sabe o que eu mais gosto em você? - Carol perguntou com a voz arrastada.
Era uma sexta feira, e como de praxe elas aproveitavam um tempo sozinhas, trancadas no quarto de Carol. Conversando de tudo um pouco, tendo o assunto em dia após a semana corrida.
Day sorriu, acariciando o cabelo ruivo de seu amor, mergulhando em seus olhos enquanto a mesma mantinha o queixo apoiado na barriga de Day, encaixada entre as pernas da mesma.
Poderia ditar boas dúzias de coisas que Carol provavelmente gostava em si, mas conteve-se em apenas negar sorrindo, dando a deixa para que a Biazin continuasse seu monólogo.
- Você cheira bem. - Sorriu com a língua entre os dentes, o nariz levemente enrugado.
De longe o sorriso preferido de Day.
- Você me amaria até mesmo se eu cheirasse a pizza velha. - Day gabou-se, bagunçando levemente a franja do cabelo de seu amor.
-Eu amo pizza velha! - Exclamou, mordendo com carinho o abdômen de Day coberto por uma camiseta preta fina.
- Aquela que acabou de sair da geladeira, sabe?
Day torceu o nariz, não gostava muito de pizza fria, não era fã de comida um tanto quanto passada e suspeita
Mas Carol tinha seus gostos um tanto quanto bagunçados. Preferia alimentos frios, quase congelados, pois o fato de por anos em sua vida ela jamais ter provado sabores, fez com que ela tivesse apenas a degustação da temperatura, da textura e do que via, pois nem o cheiro era algo que lhe dava se quer um resquício de sabor.
- Ainda bem que eu não cheiro a pizza velha. - Riu com humor.
Sorriu instintivamente, pois era extremamente difícil não sorrir quando se tem Day rindo adorávelmente em baixo de você. Também era quase instintivo escalar o corpo quentinho e macio, para poder capturar os lábios carnudos que ela amava chamar de seus.
Day suspirou, como quase sempre fazia quando Carol a beijava daquela forma, tão significativa e intensa. Contemplava a forma como sua namorada a fazia sentir tantas coisas bagunçadas dentro de seu corpo.
Os sons de suas bocas chocando-se ecoavam pelo quarto escuro e silencioso, o som extremamente excitante de suas línguas tocando-se com certo ar sôfrego.
Carol sentia-se viciada na boca de Day, no sabor de Day, no cheiro de baunilha de Day, no tom que os olhos de Day ficavam quando elas se beijavam daquela forma... Era viciada desde as bochechas coradas até o inchaço imediato que os lábios sofriam, tornando-se tão apetitosos que era uma tortura flagelante não devorá-los com uma fome voraz.
Os pulmões de Day queimaram por ar, segurou o rosto de Carol e o guiou até o seu pescoço. Seus lábios se partiram em busca de oxigênio, engolindo lufadas de ar enquanto apenas apreciava a mão de Carol em sua cintura, puxando seu corpo um tanto quanto mole, unindo seus centros de uma forma torturante por causa do tecido do jeans.
A pele macia de Day era o inferno pessoal de Carol. Um belo de um inferno pessoal. Adorava o fato de que algumas mordidas já deixavam a pele avermelhada, azulada e até arroxeada.
Mordia a clavícula ressaltada, guiava a ponta de sua língua no osso saliente, que venhamos e convenhamos, deixaria qualquer um com um sério problema dentro das calças.
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Cores - Dayrol version
RomansaDay nasceu sem suas cores, literalmente tudo o que ela enxergava era apenas preto e branco.