amargo adj.1. Que tem sabor desagradável, como, p. ex., amargoroso.
2. Sem açúcar.
3. Doloroso, triste.
4. Azedo.
Day não gostava de admitir, mas talvez, só talvez, ela estivesse perdida em alguns sentimentos por Carol.
Não sabia como as coisas tinham caminhado para esse ponto, mas ela tinha certeza que não se arrependia por ter dado uma chance de Carol ser uma garota legal.
Day também tinha conseguido uma boa bolsa integral na UAL, não só ela como Vitão também. Estudou por todo esse tempo suas cores, e na hora de apresentar seu trabalho para os analistas, ela foi praticamente aceita na hora.
Carol mal podia expressar tamanha era sua alegria quando Day contou-lhe sobre a universidade.
O relacionamento das duas estava o que pode-se dizer parado, não haviam mais beijos, mas Day tinha os pensamentos de Carol e isso era o suficiente para ela se sentir receosa sobre algumas coisas.
Carol pensava constantemente sobre o que deveria sentir com relação à Day, pensava com frequência nas possibilidades de que algo realmente desse frutos.
Sexta feira, e está muito frio lá fora para que possam sair, então Carol foi visitar Day no próprio apartamento da garota. Não era tarde, mas haviam acabado de chegar em casa após fecharem a loja e Vitão e Thay resolveram que sairiam para um jantar, pois era dia dos namorados e eles não queriam passar a primeira data sem uma pequena comemoração.
- Eu odeio o dia dos namorados. - Day comentou ao servir um taco para Carol. - É todo cheio de propagandas esquisitas sobre camisinhas e sei lá... - Bufou se jogando no sofá, alguns centímetros de distância da outra menina.
Carol apenas deu uma boa mordida no taco, era sua primeira vez comendo tacos, e também era a primeira vez em muito tempo que ela passava o dia dos namorados fora da cama de alguma garota. Ela gostava do dia dos namorados, mas de uma forma superficial estranha, sobre como todas as garotas estão tão desesperadas que acabam saindo com a primeira pessoa que encontram só para não dizerem que: "estavam encalhadas em pleno dia dos namorados".
Ela dá de ombros e morde outro pedaço.
- Você está quieta hoje. - Day comenta, estranhando o fato de Carol não ter tagarelado alguma coisa sobre algum sabor novo que ela sem querer experimentou.
- Acho que acordei um pouco doente essa manhã... - Carol desvia da acusação com uma boa técnica.
Day franze o cenho e se inclina até a garota, encostando sua testa na dela.
Os olhos de Carol são duas bolas brilhantes, acompanhadas de um par de bochechas coradas.
"Ela vai me beijar..." - Ela pensa, e então Day houve.
- Uhn... eu estava medindo sua temperatura... - A garota maneia, explicando seu ato repentino e voltando para o seu hemisfério no sofá.
- Oh, claro. - Carol responde sem jeito, sabe que foi pega por causa do pensamento.
Naquele momento uma coisinha escura subiu por dentro de Carol, crescendo gradativamente com o quanto mais ela pensava sobre Day estar evitando todas as suas investidas. A coisinha escura era uma mistura do vermelho do ódio, do cinza da tristeza e o roxo da vergonha por ser tão chutada assim.
Talvez ela não entendia que Day não conseguia ter tato com as pessoas, não sabia ter algo além da amizade que aprendeu com Vitão.
Carol estava no seu limite, ela era respiração ofegante, mãos trêmulas e cenho franzido da pessoa que cria teorias em sua cabeça.
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Cores - Dayrol version
RomanceDay nasceu sem suas cores, literalmente tudo o que ela enxergava era apenas preto e branco.