Sabor.

1.3K 188 36
                                    




sabor. (ô) sm.

1. Impressão que as substâncias sápidas produzem na língua.

2. Propriedade que elas têm de impressionar o paladar, gosto.

3. P. ext. Qualidade comparável a qualquer coisa agradável ao paladar.

4. Fis. Part. Número quântico correspondente à propriedade que tem cada tipo de quark.
Supõem-se seis variedades de sabores, associados aos seis diferentes tipos de quarks.

- Oops! - Ela exclamou quase dando de cara com Day.

Laranja.

Day já havia lido sobre o Laranja. Sobre como o por do sol era dessa cor, como a cenoura, o fogo... a laranja.

- Oi... - Day sussurrou, sem conseguir tirar os olhos dos cachos ruivos da garota.

- Eu acho que vou querer um pouco mais de açúcar. - O garoto ainda na mesa comentou, não se dando conta da interação das outras duas.

- C-Claro... açúcar... - Day se atrapalhou andando para trás sem tirar os olhos da garota.

- Que garota estranha... - Falou o garoto que ainda estava na mesa.

- Bruno... - Carol murmurou ao se sentar com um sorriso estranho.

- Que foi? - Bruno olhava pela janela, percebia que poderia nevar.

- Eu acho que... - Maneou em dizer.

Não poderia ser. Certo? Quais seriam as chances dela encontrar Dayane naquele dia assim tão aleatório?

- Acha o que, Carol? - Bufou ao dizer. - Para com essa cara, você tá me assustando!

Carol olhou para sua xícara de café, levou-a até os lábios e provou uma longa golada.

Ela sentiu o sabor do café.

Carol não sentia sabores.

Cuspiu para fora todo o líquido quente e amargo.

- Caralho, Caroline! - Bruno se levantou tentando secar o café quente do rosto.

- Eu senti o sabor! - Carol se animou em dizer, olhando para trás checando se a garota não estava vindo. - É ela! É Dayane!

- Pro inferno com Dayane, Carol! Você me manchou de café! - Bruno bufou saindo da mesa em busca de um banheiro.

Carol pegou uma das bombas de chocolate e levou até a boca.

E era tão bom o sabor, que ela simplesmente o devorou!

Ela sabia desde pequena que só sentiria sabores se Dayane, seu amor, estivesse perto dela.

Por muito tempo ela acordava todas as manhãs com marcas em seu corpo, roxos e até mesmo ferimentos que ela não entendia de onde vinham. Chegou até a imaginar que Dayane teria morrido, já que esses ferimentos provinham dela.

- Ah... com licença... o açúcar... - Virou-se para ela novamente.

- O que? - Perguntou, perdida nas maçãs rosadas de seu amor.

Day não respondeu, deixou os sachês na mesa e correu para a cozinha novamente.

Seus olhos estavam sendo bombardeados por cores e ela não entendia isso. Ela até quis tapar os olhos de todo aquele bombardeamento.

Carol tinha cores, muitas cores, e era tão bonita e cheirava bem.

Day não sabia o que fazer. Pegou o telefone do escritório de Sandra e ligou para o número colado na parede, o número de Vitão.

Cores - Dayrol versionOnde histórias criam vida. Descubra agora