Cores - Dayrol version

Luto.

luto sm

1. Sentimento de dor pela morte de alguém.

Tudo parecia sem cor para Carol.

Na segunda feira ela mal saiu do sofá, faltou no curso e respondeu apenas as mensagens de seu amor.

Abraçada ao aquário, Carol assistia a um desenho infantil, no qual um peixe vestido, ridiculamente, de astronauta desbravava o mundo fora do mar.

Bruno se sentia mal por sua amiga, extremamente mal, e arrependido por não ter dado o devido cuidado para algo tão importante.

Aline não se sentia terrivelmente mal como Bruno, ela achava aquilo bom, pelo menos Bruno tomaria uma boa lição e seria mais prestativo com as coisas ao seu redor.

Nath não comentava nada sobre isso. Ela apenas analisava. Como uma mãe, ela também queria que Bruno tirasse como lição, mesmo que ela escondesse algumas coisas das duas.

Após sair da loja Day foi direto para o apartamento de sua namorada, mataria uma aula na faculdade, mas sabia que seu amor precisava dela mais do que ela precisava de uma aula monogâmica da senhora

Bateu na porta tentando segurar com firmeza as sacolas na mão. Havia comprado algumas coisas para seu amor, como doces, revistas sobre peixes e uma garrafa de vinho.

Sua última experiência com álcool não foi muito agradável, mas queria animar Carol, nem que fosse na base da bebida.

Carol resmungou ao ter que deixar o sofá e as cobertas. Com extremo cuidado ela depositou o aquário de Isaac na mesa, e então abriu a porta.

Com um sorriso timido Day disse um oi.

- Entra, baby - Murmurou abrindo mais a porta.

Entrou no apartamento e deixou as sacolas na mesa, ao lado do aquário ainda com água.

- Você está melhor? - Perguntou, voltando a se aproximar.

Carol apenas funga e dá de ombros.

- Ainda sinto falta dele. - Sussurrou.

Tocada com a tristeza de seu amor, Day a abraça, com muita força, dando beijos seguidos em seu pescoço.

- Eu trouxe algo para você. - Buscou as revistas e as entregou para seu amor. - Você pode escolher qualquer um e eu irei te dar. - Sorriu.

Carol mordeu o lábio e segurou uma lágrima. Sua namorada é a melhor.

- Vamos para o sofá. - Disse e puxou Day para o cômodo mais confortável.

Se jogou nas cobertas e logo abriu uma das revistas. Seus olhinhos brilhando com o tanto de peixe bonito.

Mesmo que em seu coração apenas um peixinho brilhasse.

Day abriu a garrafa de vinho sem muito esforço, pois se assemelhava a forma de abrir um refrigerante. Deu um gole no líquido e ofereceu a garrafa para a sua namorada.

Carol aceitou e também deu alguns goles, os olhos focados nas páginas da revista.

- Esse é bonitinho. - Day aponta para um peixe pequeno, que parecia mais uma abelha.

- Eu não quero esse, ele é agressivo. - Torceu o nariz e entregou a garrafa para sua namorada, que bebeu mais alguns goles.

- Você poderia ter um Beta agora, já teve um dourado. - Lambe os lábios, vinho era realmente bom.

- Eles são sem graça. - Deu de ombros.

- Que tal um Nemo? - Outro gole. - Eles são bonzinhos, não são?