Dedicado a bnetoachaga, há dias ruins e dias bons, saibamos tirar crescimento de todos, mesmo já sendo grandes! Não sei o que houve, mas não preciso, você é grande!
Juliana
Depois da situação um tanto estranha vivida no armarinho perto de casa nada de atípico tornou a acontecer no curso da semana. E não, eu não contava o aparecimento de Valentina como algo diferente, pois, mesmo até sendo foi a dose de vigor que eu precisava naquela semana tão apática com a ausência de Lupita agora que tinha arrumado um emprego, situação que melhorava muito a situação da minha casa, me fazendo até refletir sobre uma possível saída da boate, ainda que o tecido e a agulha nas minhas mãos a certa maneira questionassem o universo sobre a durabilidade das coisas boas.
Costuma acontecer quando a maioria das coisas dá errado e, de súbito passam a dar certo, era como se houvesse essa implícita queda de braço com o destino que me convidava a baixar minhas defesas, mas que mesmo assim me reservava coisas que talvez me fizessem precisar delas, assim, misteriosamente.
Aliás, por falar em mistério, Valentina acabou por aparecer nas redondezas da minha casa obstinada a levar-me para sua, e não que precisasse de muito esforço, já que a saudade não demonstrada e guardada no fundo do meu peito me impulsionavam a ir ao seu encontro.
Nisso, num misterioso encontro.
Que de tal forma não me preparou para prever um banho de piscina que eu não tinha forma de recusar, embora houvesse em mim todo o susto por estar num ambiente novo, em relação a tudo.
Mas amável como era, Valentina não deixou que eu me desse conta disso mais que algumas vezes, me distraindo com sorrisos e me embebendo dos seus olhos enquanto meu corpo flutua solto pela água, abaixo das suas mãos, até que eu tenha a escolha de me soltar, mas que eu escolha me perder em seu beijo quente enquanto o frio dos azulejos despertam arrepios em minha pele na sensação agridoce.
- ...Um filme nunca é só um filme - Afirmei quando seus dedos desfizeram o laço esquerdo do biquíni branco, depois o direito.
Valentina sorri com meu comentário fazendo com que eu morda o lábio inferior e prenda seu tronco com minhas pernas agora nuas, sentindo como minha pele sensível escorrega quente contra o tecido do seu maiô.
A garota parece surpresa por um momento, como se duvidasse de tudo o que me fazia sentir com só uma conversa, então me sinto no dever de afirmar.
Assim que ela tentou me beijar eu desviei com uma risadinha e um suspiro seu, principalmente quando corri meu nariz até atrás do seu ouvido, descendo e subindo por ali até que suas mãos segurassem minhas coxas com força por baixo da água.
- Você me deixa molhada como ninguém nunca deixou Valentina Carvajal - Falei mordendo seu lóbulo em seguida e como resposta ela apenas desfez o meu enroscar em seu entorno voltando ao meu corpo apenas quando conseguiu firmar os dedos perto da minha bunda, elevando meu corpo até fora da piscina.
Instintivamente agarrei os seus cabelos molhados no prenúncio da sua vontade revelada naquelas íris azuis.
- Pode me garantir que ninguém nos verá? - Quis saber com a respiração entrecortada, sua expressão entregando incerteza.
- Eu liberei a governanta e minha madrasta não costuma estar aqui por esse horário. Mas não há nada que eu possa garantir... - Foi sincera sem, porém, se afastar, ao invés, fez seu hálito quente ricochetear contra a pele no interior das minhas coxas bem separadas que abraçavam seu lindo rosto a centímetros - Estou te concedendo a chance de fugir... - Afirmou alçando um dedo que da minha barrriga foi seguindo o curso de algumas gotículas de água até entre as minhas pernas, mas parou um milímetro antes da vulva com seus olhos anciosos e cheios de nervosismo.