Capítulo 13
No dia seguinte a amiga chegou quase normal. O cumprimentou alegremente, mas sse reteve pouco tempo perto dele. Passou o mais rápido que pode para falar com as outras amigas
O próprio Iuri não teve coragem de se aproximar. Continuou no seu canto. Foi Simone quem o chamou.
— Vem pra cá, Iuri. Por que tu está por aí
— Estou resolvendo um problema.
— Hoje ele está pensativo. — Arrematou Cassandra.
— Estranho.
— Ele sempre foi estranho. Não tem nada de diferente. — Comentou Alessandra.
Karina não dizia nada. Mantinha sempre o sorriso no rosto. Iuri não podia para de pensar em como aquilo era forçado.
Ele aproveitou para tentar ler o último livro que emprestou na biblioteca, a menina que roubava livros.
— Você sabe que quem conta a história é a morte?
Ele levantou a cabeça. Era a Dido.
— Ainda não comecei.
— Desculpe. Não queria dar spoiler.
— Não tem problema. Não ligo pra essas coisas.
— Acho que você vai gostar.
— Ouvi dizer que é bom.
— Eu gostei. Mas teve partes que eu achei chato.
— Desse jeito eu vou perder o interesse.
Ela começou a ria e sentou ao lado dele.
— Será mesmo? Você não parece o tipo de pessoa que se deixa influenciar pelos outros.
— Você está enganada. Eu sou um maria vai com as outras.
— Duvido muito. Só acho você um pouco mau humorado.
— Isso eu sou mesmo. Eu sou um verdadeiro pé no saco.
Ela começou a rir novamente.
— Até que não está se saindo tão mal. E as suas amigas? Por que não está com elas?
— Hoje não estava muito bem.
— Espero não estar incomodando.
— Só um pouquinho.
— Sério?
— Não. Era uma piada. Mas acho que não deu muito certo.
— Realmente. Acho que vai ter que melhorar um pouquinho.
— Da próxima vez eu tento algo melhor.
— Vai ter uma próxima vez?
— Espero que sim. Ou será que a minha piada foi tão ruim assim?
— Só um pouquinho. Mas acho que vai dar pra levar. Você está diferente Iuri. Antes eu não pensaria em falar com você.
— O que foi que mudou?
— Você que teria que me dizer. O que foi que mudou?
— Espertinha! Assim não vale. Virou a pergunta contra mim.
— Acho que as mulheres são assim.
— Nem todas são.
Iuri não percebeu quando Karina se aproximou.
— Oi, tudo bem? Não sabia que vocês se davam tão bem.
— Pois, é! — Dido estava respondendo meio envergonhada. — Decidi seguir seus conselhos, e conversar um pouco com ele. Acho que a gente vai se entender bem.
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O Ameba
Teen FictionYuri é um jovem negro que frequenta de favor uma escola de elite na cidade. Este é o ano em que vai enfrentar o Enem. Na sua casa, o pai foi embora, na escola os amigos se afastaram, e o dia raiou debaixo de um vendaval. Falta apenas uma coisa para...